09.05.2015 Views

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

142<br />

segmento da população, alguns recursos da política de assistência social precisam ser<br />

garanti<strong>do</strong>s. A tônica das reivindicações <strong>do</strong> movimento organiza<strong>do</strong> das pessoas porta<strong>do</strong>ras<br />

de deficiência requer, entretanto, como a palavra de ordem deste momento histórico, a<br />

cidadania.<br />

A questão das deficiências foi sempre tratada unicamente como uma questão de<br />

assistência. O que se coloca agora é o reconhecimento que a pessoa porta<strong>do</strong>ra de uma<br />

deficiência, como qualquer outra, tem necessidades inerentes às diversas áreas da vida<br />

humana. A constituição Federal garante os direitos <strong>do</strong>s cidadãos. Os porta<strong>do</strong>res de<br />

deficiência, como cidadãos são, portanto, constituí<strong>do</strong>s de direitos. Uma política<br />

diferenciada é discriminatória, porém, ainda é requerida e considerada necessária pelo<br />

movimento social das PPD. Tal necessidade provém <strong>do</strong> processo histórico das relações<br />

sociais que deixou uma imensa dívida com amplos setores sociais que sofrem<br />

discriminação étnica, de gênero, de idade ou outra condição específica.<br />

Fundamentalmente, será necessário que se considere aos dispositivos presentes na<br />

POLÍTICA NACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DE PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA,<br />

indican<strong>do</strong> em seus princípios, no artigo 5º, inciso III: "respeito às pessoas porta<strong>do</strong>ras de<br />

deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por<br />

reconhecimento <strong>do</strong>s direitos que lhes são assegura<strong>do</strong>s, sem privilégios e sem<br />

paternalismos" (BRASIL, 2000, p.196).<br />

A grande tônica, dessas reivindicações, recai sobre a necessidade de acesso ao poder<br />

público o que requer uma adaptação <strong>do</strong> mesmo às necessidades deste segmento que, por ter<br />

si<strong>do</strong> relega<strong>do</strong> à exclusão, precisa de algumas ações compensatórias. E, por essa razão<br />

justifica-se a construção de uma política específica para área das deficiências, o que não<br />

significa privilégios ou paternalismo para a mesma. Na opinião que segue é apresenta<strong>do</strong> o<br />

seguinte argumento:<br />

"A sociedade é muito competitiva. O deficiente não pode competir de<br />

igual para igual com outra pessoa que não é deficiente. Sempre estará em<br />

desvantagem. A lei que garante cota para o emprego de pessoas com<br />

deficiência é justa, porque só assim o deficiente concorre com outros em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!