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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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outras singularidades. A participação social é uma necessidade humana, o mun<strong>do</strong> que se<br />

coloca ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s seres é um mun<strong>do</strong> para ser explora<strong>do</strong>, por onde to<strong>do</strong>s deveriam poder<br />

circular e ter acesso a sua constituição e transformação constante.<br />

Os processos que consolidam a criação de inúmeras barreiras impeditivas da expressão<br />

de seus sujeitos são processos que desumanizam a vida social. Nesse senti<strong>do</strong> se pode<br />

objetar até que ponto o mun<strong>do</strong> que criamos histórica e cotidianamente é um mun<strong>do</strong><br />

acessível a toda esta diversidade característica da humanidade. A participação é um<br />

processo social necessário para todas as pessoas. Constitui-se, a participação, em "(...)<br />

requisito de realização <strong>do</strong> próprio ser humano(...). O desenvolvimento social <strong>do</strong> homem<br />

requer participação nas definições e decisões da vida social" (SOUZA, 1993, p.83).<br />

Justamente esse requisito tão fundamental foi interdita<strong>do</strong> pelo imperativo da<br />

"normalidade", não viabilizan<strong>do</strong> o acesso das diferenças na participação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> social<br />

ou dificultan<strong>do</strong> muito este acesso.<br />

A esta altura deste debate que remete ao entendimento <strong>do</strong>s processos sociais de exclusão<br />

e no caso da identidade, a exclusão de identidades não desejáveis, pode-se valer de<br />

CASTEL para ampliar a discussão acerca <strong>do</strong> conceito de exclusão, a partir das objeções<br />

trazidas por ele. Esse autor pontua o cuida<strong>do</strong> em não reduzir a questão social à exclusão,<br />

percebe a relação entre exclusão e sociedade salarial e concebe esse conceito em situações<br />

específicas e não de forma generalizante.<br />

Segun<strong>do</strong> CASTEL (2000, p.40-43) a heterogeneidade <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> termo exclusão, seu<br />

uso impreciso para as fraturas sociais, em geral, acaba ocultan<strong>do</strong> a especificidade de cada<br />

situação social singular. O mesmo considera que toda a "tradição da ajuda social" vem<br />

nesta linha e o seu des<strong>do</strong>bramento é a categorização de "população-alvo" (2000 p.29). Os<br />

"excluí<strong>do</strong>s" tornam-se assim uma categoria para qual se direcionará algumas ações das<br />

organizações governamentais ou não governamentais. Mais uma vez rótulos e estigma que<br />

não demonstram o real problema da sociedade. As consideradas "populações com<br />

problemas", ou "populações de risco", ou ainda as "populações em esta<strong>do</strong> de

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