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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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articula<strong>do</strong>ra da política pública da área das deficiências e das altas habilidades, tem a<br />

função de organização de redes de atendimento, de articulação de fluxos de inserção <strong>do</strong>s<br />

usuários de seu serviço na rede pública <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Um outro exemplo, da preocupação<br />

quanto a divulgação da política pública e <strong>do</strong> como se lida com a situação da deficiência, se<br />

coloca no depoimento abaixo:<br />

"É preciso perder o me<strong>do</strong> das deficiências, o me<strong>do</strong> de falar no assunto, o<br />

me<strong>do</strong> de saber como se lida com elas, de aprender como tratar de uma<br />

pessoa que é porta<strong>do</strong>ra de deficiência. Ela precisa de ajuda, o fato de<br />

ajudá-la não vai ferir sua cidadania. Precisamos ensinar a sociedade a<br />

trabalhar com esse assunto é a diferenciar que um cego quan<strong>do</strong> vai<br />

atravessar uma rua precisa de ajuda, mas um cadeirante numa esquina<br />

para<strong>do</strong> não significa que esteja pedin<strong>do</strong> esmolas. O que tem que ser<br />

aprendi<strong>do</strong> é que a pessoa mesma vai dizer como ela deve ser ajudada, são<br />

coisas básicas, mas que quem não viveu uma situação de deficiência<br />

desconhece. É por aí nosso trabalho educativo" (seminário realiza<strong>do</strong> em<br />

set. de 2001).<br />

Um aspecto polêmico e problemático, das reformulações institucionais, dizem<br />

respeito ao fato da política pública contemplar tanto as deficiências quanto às pessoas com<br />

altas habilidades (parte deste debate já foi apresenta<strong>do</strong> no capítulo um desta tese).<br />

Conforme já foi explicita<strong>do</strong> a FADERS é oriunda da educação especial e sen<strong>do</strong> assim,<br />

como no modelo <strong>do</strong> ensino especial, trata das questões referentes às deficiências tanto<br />

quanto da super<strong>do</strong>tação. Entretanto, há uma dificuldade institucional de incorporação da<br />

demanda das altas habilidades. Em função da maior demanda vir das questões referentes às<br />

deficiências e pelo fato das diferentes unidades da FADERS se ocuparem dessa demanda<br />

há um processo de estranhamento quanto às altas habilidades. Todavia no debate com a<br />

unidade que trata das questões referente à área da super<strong>do</strong>tação, há a seguinte<br />

argumentação sobre o assunto:<br />

"O problema <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de altas habilidades é o fato de não ter<br />

reconheci<strong>do</strong> sua identidade na instituição, ele não é visto e portanto não é<br />

defendi<strong>do</strong>, não é considera<strong>do</strong>, não é trata<strong>do</strong>. Na política pública para<br />

porta<strong>do</strong>res de deficiência e de altas habilidades, este último fica em<br />

detrimento <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r de deficiência. Há uma disputa irracional, a<br />

política é para a deficiência e não para a diferença. Em 1999 se criou<br />

uma política pública para porta<strong>do</strong>res de deficiência e de altas<br />

habilidades, na prática ainda não se viu muitos avanços para os<br />

porta<strong>do</strong>res de altas habilidades (seminário realiza<strong>do</strong> em dez. de 2001).

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