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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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As pessoas que não são ouvintes utilizam uma linguagem particular denominada Língua<br />

<strong>do</strong>s Sinais. Cada país tem sua língua de sinais específico, pois existem particularidades<br />

próprias a cada cultura. Sen<strong>do</strong> assim não se pode falar em uma linguagem internacional <strong>do</strong>s<br />

sinais. Para WRIGLEY (1996, p.23) as linguagens de sinais não são cópias visuais das<br />

línguas faladas. Existem inúmeras barreiras na comunicação para as pessoas que são<br />

ouvintes, que não se poderia admitir uma língua internacional. O mesmo ocorre com os<br />

sur<strong>do</strong>s, não seria possível uma língua <strong>do</strong>s sinais internacional.<br />

É preciso que se entenda a questão da diferença como algo que difere as identidades<br />

entre si e não pela condição de ser de cada qual. Existem características que são peculiares<br />

a cada cultura, comunidade, a uma identidade específica. Não é o negro, o índio, o porta<strong>do</strong>r<br />

de deficiência que é o especial, o diferente, as diferenças existem na diversidade da<br />

condição humana em geral.<br />

Cada qual tem suas diferenças, suas características, sua identidade. A reflexão em torno<br />

da diferença não pode ocupar o mesmo lugar da antiga divisão "normais” / "anormais". Não<br />

se pode fazer uma mera substituição de termos, onde a lógica binária permanece entre os<br />

termos os "iguais" e os "diferentes". O fun<strong>do</strong> dessa discussão está em não mais<br />

desqualificar o que não se enquadra no molde. O importante é buscar romper com a<br />

limitada visão que legitima e valoriza apenas o que foi socialmente cria<strong>do</strong> para ser o padrão<br />

geral da vida humana. Afinal a vida de cada dia e de cada ser não se enquadra em moldes,<br />

pois to<strong>do</strong>s os dias os sujeitos desta sociedade criam e recriam a história e suas múltiplas<br />

facetas.<br />

Os "muros" que são cria<strong>do</strong>s nos processos sociais categorizam os seres em "melhores" e<br />

"piores", "maiores" e os "menores", isso vai definin<strong>do</strong> quem entra e quem fica de fora <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> social. A partir da categorização, a diversidade própria à condição humana fica<br />

relegada ao "segun<strong>do</strong> grupo", ao grupo daqueles que estão marca<strong>do</strong>s pelo signo da<br />

estigmatização e da desqualificação pessoal.

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