A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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A exemplo disso, se tem o “ideal da igualdade de oportunidades” em to<strong>do</strong>s os setores da<br />
vida, que foi oficialmente promulga<strong>do</strong> pela ONU no ano de 1981. Posteriormente, esse<br />
<strong>do</strong>cumento, vai servir de base para a Assembléia Geral da ONU aprovar o <strong>do</strong>cumento de<br />
normas sobre a “equiparação de oportunidades”. Esses <strong>do</strong>cumentos pontuaram a exigência<br />
de novas práticas na sociedade. Essas práticas deverão ser inclusivas, em respeito e em<br />
consideração à diversidade da condição humana. As deficiências/diferenças deverão estar<br />
incluídas no processo de organização <strong>do</strong> diversos setores da vida em comunidade.<br />
SASSAKI (1997, p.148-3) defende a idéia <strong>do</strong> “desenho universal” como uma evolução<br />
<strong>do</strong> desenho acessível. As construções acessíveis, com desenho arquitetônico sem barreiras,<br />
estão sinalizan<strong>do</strong> o lugar destina<strong>do</strong> exclusivamente para pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência.<br />
Esse autor chama atenção para o aspecto contraditório que há nesse desenho. Se de um la<strong>do</strong><br />
é “muito bem vin<strong>do</strong>” para as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência por se adaptarem a sua<br />
realidade e lhes permitir o acesso, de outro la<strong>do</strong> ainda são estigmatizantes. O “símbolo<br />
Internacional de Acesso” delimita o espaço destina<strong>do</strong> aos porta<strong>do</strong>res, e de certa forma<br />
marca um espaço institucional especial, lembran<strong>do</strong> o "modelo médico".<br />
No desenho universal a arquitetura seria pensada de forma inclusiva consideran<strong>do</strong> as<br />
necessidades em geral das pessoas, ten<strong>do</strong> em vista suas diferenças e peculiaridades. Se o<br />
planejamento arquitetônico fosse inclusivo, poderia dar conta de um maior número de<br />
diversidades, de necessidades. O desenho inclusivo, pensa<strong>do</strong> para todas as pessoas, deverá<br />
considerar os déficits físicos, sensoriais tanto quanto qualquer outra necessidade humana<br />
(SASSAKI, 1997, p.141).<br />
Esse tipo de desenho é um ideal que já está sen<strong>do</strong> propaga<strong>do</strong> pelos movimentos<br />
inclusivistas e deve estar presente no debate sobre a questão das diferenças. A importância<br />
dessa discussão se reflete no fato de demonstrar a possibilidade de um desenho universal<br />
em contraposição aos modelos segrega<strong>do</strong>res, que colocam uma delimitação entre os<br />
porta<strong>do</strong>res e os não porta<strong>do</strong>res de deficiência. Sen<strong>do</strong> assim não haveria nada para registrar<br />
o lugar <strong>do</strong> "especial".