09.05.2015 Views

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

76<br />

Entenden<strong>do</strong>-se por marginalização o processo social que cria a necessidade, cria a falta e a<br />

interdição <strong>do</strong> acesso aos bens sociais.<br />

A atual estrutura social está formatada para produzir o "sobrante", o "marginal", aqueles<br />

que ficaram de fora <strong>do</strong> seu movimento produtivo. É uma situação de "precarização", de<br />

"vulneralização", onde to<strong>do</strong>s fazem parte, alguns pelo la<strong>do</strong> de dentro outros pelo la<strong>do</strong> de<br />

fora. Nas relações sociais se cria a cisão, a expulsão, bem como, também, serão cria<strong>do</strong>s os<br />

espaços de retomada destas fraturas e a (re) construção de uma nova ordem para o social.<br />

Pois, somos: "privilegia<strong>do</strong>s por vivermos neste final de século, onde tu<strong>do</strong> parece estar<br />

impregna<strong>do</strong> de seu contrário..." (MARTINELLI, 1995, p.145). Conforme sugere a autora<br />

as possibilidades de transformação se dão justamente nessa pulsão <strong>do</strong> movimento<br />

contraditório <strong>do</strong> real.<br />

Para poder mudar as coisas desta sociedade é preciso desnudar seus processos de<br />

<strong>do</strong>minação e expulsão que na maioria das vezes se constróem de forma oculta. Com esta<br />

preocupação pode se constatar um outro aspecto marcante no entendimento <strong>do</strong>s<br />

significantes da identidade, ao percebê-la como: "uma categoria política disciplina<strong>do</strong>ra das<br />

relações entre as pessoas e grupos, onde o outro é transforma<strong>do</strong> em estranho, inimigo ou<br />

exótico", é o que nos demonstra SAWAIA (2001 p. 123). Para essa autora o aspecto dual<br />

que há na identidade, que tanto serve para identificar e respeitar a alteridade, quanto para<br />

classificar e regular o outro, poderá ser constata<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se aprende a detectar as<br />

intenções que levam a indagar pela identidade.<br />

As relações de poder, estabelecidas na sociedade, levam ao movimento de especulação<br />

sobre a identidade <strong>do</strong> outro. Neste caso se constata que o escragavista ao requerer sobre a<br />

identidade <strong>do</strong> negro, bem como quan<strong>do</strong> o coloniza<strong>do</strong>r requer pela identidade <strong>do</strong> indígena, o<br />

fazem com intenções específicas. Tais intenções são analisadas por SAWAIA, como uma<br />

forma de controle sobre o outro. Neste caso será preciso prestar atenção em "quem" indaga<br />

pela identidade <strong>do</strong> outro e com qual finalidade o faz, por quê e para quê indagar? Esta<br />

autora exemplifica a tendência histórica de "bisbilhotice internacional" fazen<strong>do</strong> referência<br />

a Margaret Thatcher (ministra inglesa), quan<strong>do</strong> a mesma ao encomendar uma pesquisa

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!