09.05.2015 Views

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

182<br />

As pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência e de altas habilidades, por apresentarem suas<br />

diferenças de forma mais visível, sofrem de um brutal processo de exclusão social,<br />

exatamente pelo fato de significarem, também, a expressão da condição de vida real que se<br />

contrapõe a vida social idealizada <strong>do</strong> homem perfeito, em um padrão da dita “normalidade’.<br />

A visibilidade <strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s “defeitos” e daquilo que é considera<strong>do</strong> fora <strong>do</strong> padrão de<br />

“normalidade” põe em cheque esse próprio conceito e to<strong>do</strong> o processo social de uma<br />

sociedade histórica e culturalmente organizada para atender e incluir o ser humano<br />

“perfeito”, “normal”, “possui<strong>do</strong>r” e “belo”.<br />

A prática da pesquisa é apresentada, também, em caráter estratégico para que se dê o<br />

processo de fortalecimento de to<strong>do</strong>s aqueles sujeitos envolvi<strong>do</strong>s no processo da<br />

investigação. No desenrolar da investigação, se faz necessário realizar parcerias, com a<br />

finalidade de encontrar novas alternativas para abordar a questão em pauta. Trata-se de um<br />

somatório de forças para atingir um objetivo em comum que é tornar determina<strong>do</strong> lugar um<br />

local de expressão <strong>do</strong> sujeito, enquanto um ser político participativo e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>do</strong> direito de<br />

estar incluí<strong>do</strong>, de fazer parte, de se presentificar no mun<strong>do</strong> ao qual pertence. Na palavra<br />

chave, transformação, se encontra o propósito <strong>do</strong> processo de trabalho e o próprio senti<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> investigar.<br />

Para que compreender se não for para mudar? Ou melhor, para mudar o real é preciso<br />

conhecê-lo mais concretamente, e por isso é preciso indagá-lo, perscrutá-lo, revisá-lo<br />

constantemente. Nesse senti<strong>do</strong> a prática institucional, cotidiana e social na qual, a<br />

pesquisa<strong>do</strong>ra, se inseriu como trabalha<strong>do</strong>ra e investiga<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> social, deve ser uma prática<br />

sempre revisionada, questionada, desconstituída e reconstruída a fim de que se faça jus ao<br />

movimento dinâmico e contraditório presente na realidade da vida social e subjetiva.<br />

A realidade estruturada e concreta inclui relações ocultas e invisíveis entre os elementos<br />

<strong>do</strong> to<strong>do</strong>, a serem desvendadas. O que é da<strong>do</strong> ou oculto não significa uma forma eterna de<br />

existência. O que é, pode deixar de ser na fase posterior, consideran<strong>do</strong> a provisoriedade da<br />

história. Para LOWY (1978) o estruturalismo histórico indica a importância da apreensão<br />

das leis ocultas <strong>do</strong> to<strong>do</strong> em sua historicidade.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!