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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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cada qual poderia se encontrar livre das opressões de uma estrutura social que cria diversos<br />

impedimentos ao desenvolvimento <strong>do</strong>s sujeitos. É uma ética que considera fundamental a<br />

luta pela autonomia <strong>do</strong>s sujeitos, pela sua livre expressão na sociedade.<br />

Quanto ao méto<strong>do</strong>, significa a forma de chegar ao real por meio de várias estratégias e<br />

articulações que sejam construídas situcionalmente, ou seja, de acor<strong>do</strong> com as<br />

circunstâncias, para ultrapassar o imediato. O méto<strong>do</strong> é o movimento das estratégias para<br />

buscar a concretização da finalidade das ações. Ten<strong>do</strong> em vista uma ética libertária serão<br />

necessárias alternativas de construções de mediações que sejam direcionadas para<br />

superação das obscuridades <strong>do</strong> real. O méto<strong>do</strong>, na perspectiva dialética, é pensa<strong>do</strong> para o<br />

desmonte <strong>do</strong> fetichismo das relações sociais, para se obter clareza <strong>do</strong>s processos de<br />

alienação e ao mesmo tempo para o trabalho de conscientização, que é o contrário da<br />

alienação.<br />

Quan<strong>do</strong> se fala na dimensão da práxis estão incluídas as duas dimensões anteriores da<br />

ética e <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>. A sociedade, a vida humana está sempre em movimento, em constantes<br />

mutações. A transformação faz parte <strong>do</strong>s processos humanos e sociais. A práxis é o<br />

movimento das atividades que não se limitam às ações repetidas, reiteradas e reificadas. A<br />

perspectiva da revolução <strong>do</strong> cotidiano também pode estar presente na prática da pesquisa,<br />

como uma práxis. Conforme afirma Souza: “... quem tem o princípio descobre o méto<strong>do</strong><br />

(1993 p.144). O princípio de cidadania e de "equiparação de oportunidades" poderá<br />

conduzir a méto<strong>do</strong>s de pesquisa que percorram naquela direção.<br />

Não que se possa hiperdimensionar a capacidade de uma pesquisa de mudar as coisas <strong>do</strong><br />

real, no imediato. O que se pode é entender que a orientação ética vai balizar os méto<strong>do</strong>s<br />

escolhi<strong>do</strong>s e vai direcionar a investigação para alguma intenção determinada. A postura<br />

ética, o méto<strong>do</strong> e a práxis não são elementos que se separem, estão interliga<strong>do</strong>s. A conexão<br />

é inevitável, o méto<strong>do</strong> não é algo que se isole da intencionalidade e da necessidade de<br />

direcionar o conjunto de ações planejadas na direção que é apontada por uma ética e por<br />

uma filosofia. A ética expressa a visão que se tem <strong>do</strong> sujeito e da sociedade onde se insere<br />

este sujeito, bem como o compromisso com a dignidade da vida humana.

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