A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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alternativas para contemplar as diferenças peculiares aos seres humanos. O ponto<br />
fundamental para a vida humana se desenvolver é ter acesso ao mun<strong>do</strong> social. To<strong>do</strong>s,<br />
enquanto seres sociais, necessitam participar das instâncias sociais.<br />
O fundamental é sejam que desenvolvidas as formas de inserção no social, para to<strong>do</strong>s,<br />
independentemente de suas diferenças. Na área da psiquiatria, por exemplo, já existem<br />
avanços no que diz respeito à superação de uma visão puramente clínica fisiológica. "A<br />
psiquiatria, uma forma de tratar e definir a <strong>do</strong>ença mental tem conheci<strong>do</strong> importantes<br />
mudanças, desde a Segunda Guerra Mundial em sua prática e em suas raízes intelectuais"<br />
(BOTTOMORE, 1996, p.628). A importância <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> social passa ser considerada no<br />
estu<strong>do</strong> e tratamento de <strong>do</strong>enças e distúrbios e com isso se pode ter novas dimensões para<br />
transpor as dificuldades.<br />
"... a psiquiatria, ao longo de toda a sua história, tem si<strong>do</strong> a mais<br />
aberta das especialidades médicas às idéias sociais e, por hora, não<br />
existem razões para um pessimismo declara<strong>do</strong> sobre o desenvolvimento de<br />
uma perspectiva social efetiva no âmbito da psiquiatria" (BOTTOMORE,<br />
1996, p.631).<br />
Considerar o mun<strong>do</strong> social como um ponto significativo para o desenvolvimento da<br />
potencialidade <strong>do</strong>s sujeitos remete a possibilidade de entender que entre os diferentes<br />
sujeitos há uma alteridade importante a ser reconhecida. Considerar a alteridade <strong>do</strong> outro é<br />
o reconhecimento que em cada ser a algo que está fora de si mesmo, que o outro é um ser<br />
diferente não igualável a si próprio. As peculiaridades na perspectiva da alteridade positiva<br />
não servirão de motivo de discriminação e segregação. Entender que a alteridade não é algo<br />
negativo e estigmatizante poderá conduzir a percepção que a sociedade é composta pela<br />
diversidade e sem ela não teria como avançar.<br />
Na situação da surdez, por exemplo, se tem um tipo de diferença que delimita um mo<strong>do</strong><br />
de vida exatamente diverso <strong>do</strong> usual. A linguagem comunicada através da fala, que é o<br />
comum às sociedades em geral, não será possível para uma pessoa surda. Fica assim<br />
defini<strong>do</strong> um tipo de alteridade que, por si só, deveria compor a condição humana