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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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demais “negativista, pessimista” sobre as características e o desempenho das pessoas<br />

porta<strong>do</strong>ras de deficiência.<br />

“Os pais e os educa<strong>do</strong>res que encorajam as crianças com deficiência a ter apenas<br />

amigos com deficiência e a participar apenas de eventos sociais para pessoas com<br />

deficiência perpetuam a segregação” (STAINBACK, 1999, p.410). Nessas situações, os<br />

grupos se fortalecem entre si em uma identidade de diferenças, com a liberdade de se<br />

expressarem sem ter que responder ao padrão de desempenho exigi<strong>do</strong> pelo social.<br />

Entretanto, há um grande risco nessas práticas, se for à única alternativa de convivência<br />

social.<br />

O risco de perpetuação da segregação se localiza no fato de não pressionar o conjunto<br />

de outros segmentos sociais para o entendimento e o reconhecimento da diversidade<br />

humana. Em uma prática separatista se descaracteriza a responsabilidade da sociedade em<br />

apresentar condições alternativas que incluam as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiências com<br />

suas peculiaridades. A sociedade deve se adaptar às diferenças, oferecer acessibilidade e<br />

ser inclusiva. Não se pode deixar de la<strong>do</strong> a discussão contextual, na qual está mergulhada<br />

toda e qualquer problemática humana. Se de um la<strong>do</strong>, os condicionamentos físicos abatem<br />

os seres, de outro la<strong>do</strong>, o contexto onde eles se desenvolvem vai dar direcionamentos<br />

diferencia<strong>do</strong>s para os mesmos.<br />

No que diz respeito às pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência, várias instâncias da sociedade,<br />

desde a década de 80, tem feito um debate importante com vários avanços, contrapon<strong>do</strong> o<br />

chama<strong>do</strong> "modelo médico da deficiência" a um modelo de "inclusão social". No "modelo<br />

médico da deficiência" as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência são consideradas <strong>do</strong>entes,<br />

desamparadas, dependentes, inúteis, inválidas, isentas <strong>do</strong>s deveres comuns (SASSAKI,<br />

1997, p.28). Nesse modelo as pessoas são objetos da atenção institucional e não sujeitos.<br />

Essa afirmativa se comprova na reiterada forma <strong>do</strong>s profissionais da área da deficiência se<br />

referir ao porta<strong>do</strong>r de deficiente como uma "eterna criança", que não cresce, que sempre<br />

será tutelada, que terá alguém para falar e responder por si. Há uma prática institucional e

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