A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
193<br />
persistente, em uma tarefa exigente e complexa, que requer a apreensão da múltipla rede<br />
relacional, a ser verificada e incluída no estu<strong>do</strong>. Na perspectiva naturalística, denominada<br />
assim, por GUBA:<br />
“... o processo de pesquisa é realiza<strong>do</strong> por seres humanos, que<br />
vivenciam a experiência de uma forma holística e integrada. Assim to<strong>do</strong>s<br />
os” “insights”, emoções, intuições são incorpora<strong>do</strong>s de uma forma<br />
sistemática no processo de pesquisa. Esse processo ocorre mesmo no<br />
paradigma tradicional, mas é coloca<strong>do</strong> fora <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio da ciência. No<br />
paradigma naturalístico é reconheci<strong>do</strong> e incorpora<strong>do</strong> ao decurso da<br />
investigação. O pesquisa<strong>do</strong>r vem inteiro para a pesquisa e se modifica no<br />
seu decorrer” (GUBA apud CASTRO, 1994, p.57).<br />
O pesquisa<strong>do</strong>r passará por um processo de ressocialização com os novos conceitos. Para<br />
MINAYO (1998, p. 23) o investiga<strong>do</strong>r deve dispor de um instrumental significativo para<br />
abordar a realidade de forma que possa submetê-la as suas questões e ter as chaves para<br />
desvendá-la. A interpretação e análise são formas de aprofundar o entendimento de tu<strong>do</strong><br />
aquilo que foi coleta<strong>do</strong>. Para tanto não se pode ficar a mercê de “divagações abstratas ou<br />
pouco precisas em relação ao objeto de estu<strong>do</strong>” e para isto o investiga<strong>do</strong>r deverá ter a<br />
capacidade pessoal “de fazer, das preocupações sociais, questões públicas e indagações<br />
perscruta<strong>do</strong>ras da realidade” (MINAYO, 1998, p 23).<br />
Perscrutar a realidade para quê? Essa questão parece ser significativa e deverá se<br />
orientar pela perspectiva política que aponta o compromisso <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r com os<br />
interesses sociais <strong>do</strong>s sujeitos pesquisa<strong>do</strong>s. Nesse senti<strong>do</strong>, a pesquisa se torna uma prática<br />
social em um processo de descrição, interpretação e revelação <strong>do</strong>s significa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />
fenômenos em seu contexto, em seu ambiente natural. Nessa revelação, demonstra-se a<br />
conexão entre cotidiano e sociedade que propicia o fortalecimento <strong>do</strong>s sujeitos para o<br />
enfrentamento da questão social, com a finalidade da transformação das condições dadas.<br />
A partir <strong>do</strong> desenvolvimento da pesquisa, pretende-se fazer uso público das questões,<br />
das problematizações e das respostas encontradas junto às diferentes vozes consultadas.<br />
Essas vozes podem dizer <strong>do</strong> real significa<strong>do</strong> da temática das deficiências/diferenças nos<br />
Meto<strong>do</strong>logias de Pesquisa em Educação, POA: EDIPUCS,1994. Ver também o texto: Colocan<strong>do</strong> Em Prática<br />
o Paradigma Naturalístico, nov.1996.