A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
133<br />
dan<strong>do</strong> conta disso. Quan<strong>do</strong> o pai usa a lei para forçar o filho a ficar<br />
"incluí<strong>do</strong>" na escola regular, a criança fica excluída da turma, o<br />
professor nem sempre ajuda a incluí-lo" (seminário realiza<strong>do</strong> em dez. de<br />
2001).<br />
Uma dificuldade muito comum que fica expressa no atendimento à crianças porta<strong>do</strong>ras<br />
de deficiência se refere ao fato das escolas muitas vezes solicitarem o apoio técnico da<br />
FADERS para manter as crianças na escola. Ou seja, o que acontece é um condicionamento<br />
da criança ao tratamento para manter-se na escola. Isso é uma situação que demonstra a<br />
dificuldade da inclusão e da permanência das crianças na escola.<br />
Há um processo "sutil" de exclusão e até de expulsão em função <strong>do</strong> comportamento<br />
diferencia<strong>do</strong> de crianças porta<strong>do</strong>ras de alguma deficiência. Essas crianças são<br />
estigmatizadas, deixadas de la<strong>do</strong>. Nesse senti<strong>do</strong> o debate entre os profissionais da FADERS<br />
aponta a necessidade de um respal<strong>do</strong> substancial em várias políticas inclusivas para que se<br />
garanta a permanência das crianças nas escolas, contemplan<strong>do</strong> suas diferenças. Faz-se<br />
necessário uma ampla interlocução entre os diversos setores <strong>do</strong> governo para garantir a<br />
inclusão.<br />
De outra forma a instituição FADERS deve trabalhar colocan<strong>do</strong> em pauta o potencial <strong>do</strong><br />
sujeito, mostran<strong>do</strong> seu trabalho, sua capacidade criativa e de autonomia. É um amplo<br />
trabalho que começa com as famílias, perpassan<strong>do</strong> as diversas áreas da socialização. No<br />
caso <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de deficiência mental, por exemplo, ainda são muito marcantes os<br />
preconceitos que levem a uma imagem da pessoa incapacitada para o convívio com os<br />
demais, impossibilitadas da capacidade de criatividade e produtividade. Os depoimentos a<br />
seguir refletem esse aspecto, respectivamente de um funcionário da FADERS e de um<br />
usuário:<br />
"Uma professora levou as crianças de uma escola com porta<strong>do</strong>res de<br />
deficiência mental para uma atividade na praça e uma senhora que estava<br />
com seu filho se retirou, retiran<strong>do</strong> até o cachorro <strong>do</strong> local. A impressão<br />
que sempre fica é essa que as pessoas rejeitam, que elas tem me<strong>do</strong> dessas<br />
crianças diferentes, como se essas crianças não"servissem" para o<br />
convívio com os "normais" (seminário realiza<strong>do</strong> em out. de 2001).<br />
"As pessoas deviam entender que nós não somos excepcionais, to<strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> é irmão, não devia ter tanta discriminação, outro dia eu fui dar um