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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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Na pesquisa, que aqui se apresenta, ficou evidencia<strong>do</strong> o fato de ainda hoje não se ter<br />

clareza da nomenclatura adequada a ser utilizada para se referir às pessoas porta<strong>do</strong>ras de<br />

deficiência e de altas habilidades. O correto seria que as próprias pessoas envolvidas na<br />

questão possam opinar e indicar qual o termo correto. No que diz respeito aos movimentos<br />

sociais das PPD, aqui no Rio Grande <strong>do</strong> Sul, a tendência é a utilização e a preferência pelo<br />

termo: "pessoa porta<strong>do</strong>ra de deficiência e pessoa porta<strong>do</strong>ra de altas habilidades". Na área<br />

da Educação ainda é usual o termo "porta<strong>do</strong>res de necessidades especiais".<br />

O termo excepcional parece ter si<strong>do</strong> supera<strong>do</strong> nas diversas áreas. Entretanto, ainda são<br />

muito diversas as opiniões sobre a terminologia adequada. Em algumas áreas específicas,<br />

como no caso da surdez, é preferi<strong>do</strong> o termo sur<strong>do</strong> ao termo deficiente auditivo. Nessa<br />

situação há diferenciação entre os que têm perda total da audição, portanto, os sur<strong>do</strong>s, e<br />

aqueles que tem graus de deficiência auditiva. O mesmo ocorre com os cegos, que em geral<br />

preferem ser assim denomina<strong>do</strong>s, porém, existe diferença entre os que são totalmente<br />

cegos e os que têm visão “subnormal" e possui uma deficiência visual severa, sem a perda<br />

total da visão, e, portanto não são cegos. Na ilustração que segue se apresenta uma<br />

explicação específica para os termos:<br />

"Eu não me importo se me chamam de cego ou de deficiente visual, penso<br />

que a maioria <strong>do</strong>s cegos não gostam da palavra deficiência e preferem a<br />

palavra cegueira. Quem tem visão subnormal não deve ser chama<strong>do</strong> de<br />

cego, mas é um deficiente visual. To<strong>do</strong> o cego é deficiente visual, mas nem<br />

to<strong>do</strong> deficiente visual é cego. Faz diferença se você tem 2% ou 3% de<br />

visão para saber um pouco sobre as cores, se alguém ascende à luz, se<br />

encherga vultos. Todas estas peculiaridades vão fazer diferença na<br />

orientação da pessoa por onde elas andam, não é tu<strong>do</strong> igual" (Entrevista<br />

realizada em maio de 2001).<br />

A mudança de nomenclatura, por si só, não transforma o senti<strong>do</strong> da<strong>do</strong> aos termos, há<br />

uma transformação cultural que tem que ser consolidada. Na situação <strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s<br />

"porta<strong>do</strong>res de altas habilidades", o termo tem muda<strong>do</strong> para a comunidade acadêmica, que<br />

entende que esse termo é mais abrangente, por abarcar diversos tipos de talentos. Essa<br />

abrangência se refere ao fato de ampliar a idéia de que os talentos se desenvolvam<br />

unicamente na área cognitiva, incluin<strong>do</strong> outras áreas de expressão (música, dança,<br />

esporte...). Entretanto, essa visão que pretende entender mais amplamente e singularmente<br />

o significa<strong>do</strong> da "super<strong>do</strong>tação", se torna algo que não é assimila<strong>do</strong> tão facilmente pela

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