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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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O que tem ocorri<strong>do</strong>, historicamente, é o fato de que a criação de padrões, no campo<br />

social, tem subjuga<strong>do</strong> a expressão das diferenças. A pre<strong>do</strong>minância da exaltação de uma<br />

ordem determinada e de um padrão socialmente consolida<strong>do</strong> tem afasta<strong>do</strong> a possibilidade<br />

da convivência entre as singularidades <strong>do</strong>s indivíduos. Nesse capítulo, apresenta-se uma<br />

análise histórica e crítica da produção da cultura da "normalidade" em detrimento <strong>do</strong>s<br />

sujeitos que foram considera<strong>do</strong>s "anormais".<br />

2.1 OS HORRORES <strong>DA</strong> HISTÓRIA E O NÃO RECONHECIMENTO <strong>DA</strong> <strong>DIVERSI<strong>DA</strong>DE</strong><br />

A história nos conta seus horrores e as atrocidades cometidas pela ignorância falta de<br />

informações precisas e de compreensão sobre a natureza humana. Sabe-se que na Idade<br />

Média a rejeição aos porta<strong>do</strong>res de deficiência era tamanha a ponto da eliminação destes<br />

sujeitos. A Idade Moderna faz inúmeros estu<strong>do</strong>s e experiências enfatizan<strong>do</strong> o aspecto<br />

patológico da deficiência, centran<strong>do</strong> a patologia no sujeito. Na Idade contemporânea, houve<br />

um primeiro momento, em que a chamada “Educação <strong>do</strong>s Deficientes” era pensada em<br />

instituições que segregavam as pessoas. Na metade <strong>do</strong> séc. XX, a educação evoluiu no<br />

senti<strong>do</strong> de “oferecer aos porta<strong>do</strong>res de deficiência” condições de vida semelhantes a das<br />

outras pessoas, “poden<strong>do</strong>” esses utilizar as ofertas de serviços e oportunidades existentes na<br />

sociedade, o que antes jamais se poderia pensar (FADERS, 1991).<br />

Em uma incursão histórica pelas formas como as diversas instâncias da sociedade<br />

tratavam a questão das deficiências deparar-se-á com o imenso despreparo das ciências nas<br />

explicações desta questão. Uma grande inabilidade caracterizou por diversos anos o tipo de<br />

relação que os “ditos normais” estabeleceram com os sujeitos que apresentavam<br />

singularidades tão diversas daquelas previstas no padrão da sociedade. O mais dramático<br />

desses fatos sociais é que por conta <strong>do</strong> estranhamento diante das diferenças, se tenha<br />

cometi<strong>do</strong> tantos equívocos históricos que não apenas prejudicaram as pessoas porta<strong>do</strong>ras<br />

de deficiência, como também tornaram suas vidas muito difíceis e por vezes até foram<br />

sacrificadas em sua própria existência.

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