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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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Até a década de 30 (século XX), o “movimento de eugenia” tornou ainda mais<br />

desumano a vida <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de deficiência. Segun<strong>do</strong> STAINBACK (1999 p.38). Esse<br />

“movimento de eugenia” (entre 1900 e 1930) generalizou a idéia de que as pessoas com<br />

deficiência eram porta<strong>do</strong>ras de tendências criminosas devi<strong>do</strong> à sua composição genética e<br />

isso seria uma ameaça à civilização. A partir desses conceitos, uma série de práticas<br />

segrega<strong>do</strong>ras foi ainda mais desenvolvida, como a esterilização, a expansão das escolas e<br />

classes especiais nas escolas públicas.<br />

Nas décadas de 50 e 60 <strong>do</strong> século XX houve grande expansão e desenvolvimento das<br />

escolas e classes especiais para atender aos alunos chama<strong>do</strong>s “especiais”. Foi igualmente<br />

nessas décadas, entretanto, que os pais de crianças com deficiência deram início a diversas<br />

organizações que começavam a exigir os direitos <strong>do</strong>s alunos estudarem de forma menos<br />

segrega<strong>do</strong>ra e receber uma educação em “ambientes escolares mais normaliza<strong>do</strong>s”<br />

(STAINBACK, 1999, p. 39). Os pais organiza<strong>do</strong>s começam a questionar e a problematizar<br />

o sistema de ensino, como um sistema que exclui seus filhos porta<strong>do</strong>res de deficiência,<br />

percebem e denunciam o caráter segrega<strong>do</strong>r das instituições, que até então prestam<br />

“assistência” às questões da deficiência.<br />

Esse movimento se estendeu por outras décadas e foi até os tribunais, pressionan<strong>do</strong> o<br />

legislativo a mudar as normas e leis que eram vigentes até o momento. Alguns Esta<strong>do</strong>s<br />

norte-americanos começam (década de 70 <strong>do</strong> século XX) a promulgar leis que<br />

normatizavam o chama<strong>do</strong> “ato de educação para todas as crianças porta<strong>do</strong>ras de<br />

deficiência, levan<strong>do</strong> para década de 80 o grande desafio de o ensino regular para to<strong>do</strong>s<br />

(SATAINBACK op.cit. p. 40). A partir <strong>do</strong>s movimentos <strong>do</strong>s sujeitos da sociedade e de<br />

uma evolução de conceitos acerca <strong>do</strong>s significa<strong>do</strong>s da deficiência, a forma de encaminhar<br />

suas demandas vai ten<strong>do</strong> um outro rumo. A questão da inclusão surge no desenrolar destes<br />

processos, assunto que será tematiza<strong>do</strong>, adiante, em um outro capítulo. Quanto a história<br />

<strong>do</strong>s processos sociais nos quais inseriram-se as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência, é dito o<br />

seguinte:<br />

“De forma bastante sintética, pode-se mapear o percurso dessa viagem<br />

seguin<strong>do</strong> uma linha mais ou menos clara: <strong>do</strong> extermínio à integração,<br />

passan<strong>do</strong> por uma escala na segregação: da“exposição” das crianças

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