A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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A dinâmica institucional está passan<strong>do</strong> por um processo de reordenamento técnico para<br />
adequação interna da instituição à nova lei da FADERS. Em setembro de 2001 foi aprovada<br />
a nova lei da FADERS. A mudança da legislação vem adequar a lei aos movimentos da<br />
sociedade que questionam as históricas formas de segregação institucional (Ver no anexo 4<br />
a nova lei da FADERS). Em cada unidade estão sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s vários debates sobre o seu<br />
funcionamento e os novos parâmetros institucionais. Esse espaço tem si<strong>do</strong> nomean<strong>do</strong> de<br />
“Interunidade”.<br />
Os profissionais estão ten<strong>do</strong> a possibilidade de refletir sobre suas práticas, enquanto se<br />
estabelece a comunicação entre as diferentes unidades da FADERS. Aproveita-se esse<br />
espaço fecun<strong>do</strong> de debate como um <strong>do</strong>s campos de pesquisa, no qual foi possível<br />
aprofundar a reflexão em torno da temática: A diversidade da condição humana sob a ótica<br />
das relações sociais e seus processos de exclusão/inclusão que envolve as<br />
deficiências/diferenças.<br />
Com a técnica de seminário e de entrevistas foram abordadas as Unidade da FADERS,<br />
conforme será explicita<strong>do</strong> no capítulo cinco deste trabalho (que trata da meto<strong>do</strong>logia de<br />
pesquisa).Dessa se consolida um debate sobre o novo perfil da instituição, em que se<br />
chegou a determina<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, os quais a seguir serão expressos através algumas falas<br />
selecionadas. No debate com os profissionais que trabalham na área da educação,<br />
destacam-se algumas dificuldades que estiveram presentes na reflexão e avaliação <strong>do</strong>s<br />
técnicos da Fundação:<br />
"As outras crianças da escola regular não aceitam as crianças<br />
diferentes. As professoras, por vezes, reforçam esse mal estar. A primeira<br />
rejeição começa em casa, portanto temos que fazer um grande trabalho de<br />
sensibilização para que esta criança seja vista em seu potencial: mostrar<br />
seu trabalho, visitar outras escolas, fazer parcerias com diversos setores<br />
<strong>do</strong>s órgãos públicos e priva<strong>do</strong>s (centro cultural, CTG, Jardim Botânico,<br />
etc..); levar as crianças para rua; receber visita na escola de outras<br />
escolas de ensino regular; permitir que a criança porta<strong>do</strong>ra de deficiência<br />
mental seja vista e possa conviver com os outros. No ensino regular os<br />
professores não estão prepara<strong>do</strong>s para trabalhar com as deficiência.<br />
Sentem me<strong>do</strong> e rejeição e aí está a importância de nosso trabalho"<br />
(seminário realiza<strong>do</strong> em dez. de 2001).<br />
"Nós os profissionais da educação sempre fomos os que mais<br />
excluímos. Somos responsáveis pela exclusão. Ainda bem que estamos nos