A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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comunidade em geral (familiares, parentes, vizinhos). A população em geral continua<br />
utilizan<strong>do</strong> o termo "super<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>".<br />
Muitas vezes acontece que determina<strong>do</strong>s termos se tornarem longos demais e dificultar<br />
a sua expressão no dia-a-dia. Para dar um senti<strong>do</strong> acadêmico e um novo significa<strong>do</strong> aos<br />
nomes muitas vezes a explicitação se torna extensa. Quem cria os termos os fundamenta<br />
em uma lógica ou contra lógica que nem sempre é fácil de ser utilizada no cotidiano, por<br />
outras pessoas. "Há muitas palavras para designar as deficiências. Palavras que<br />
distanciam, que são muito longas e difícil de pronunciar" (Entrevista realizada em jan. de<br />
2002).<br />
Em outras entrevistas, realizadas neste percurso, foi apontada a dificuldade com os<br />
termos em função de uma não aceitação da própria deficiência. Em uma resistência no<br />
enfrentamento da questão, o nomear as deficiências está permea<strong>do</strong> de uma necessidade de<br />
ocultá-la, como se fosse algo ruim em si mesmo. Não querer falar no assunto, não poder<br />
pronunciar as palavras referentes às deficiências, pode estar denotan<strong>do</strong> formas de<br />
preconceito semelhante a situações em que se dispõe de rótulos para se referir às pessoas<br />
de diferentes realidades existenciais ou sociais. A opinião abaixo ilustra esse debate:<br />
"O preconceito está no melindre em falar as coisas como elas são. Gor<strong>do</strong><br />
é gor<strong>do</strong>, negro é negro, mulher é mulher, homem é homem, deficiente<br />
mental é deficiente mental, não tem que ter vergonha de dizer o que é"<br />
(Seminário realiza<strong>do</strong> em 2001).<br />
Na dinâmica da diversidade de opiniões e das problemáticas apresentadas na reflexão<br />
sobre o termo ideal para designar a questão da terminologia, ressalta-se o processo de<br />
mutação das diferentes formas de analisar a questão da deficiência. Não há uma forma<br />
única apontada. Há avanços nesse debate, pois, se considera, atualmente, de forma mais<br />
significativa às singularidades, são apresenta<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s da realidade <strong>do</strong> contexto <strong>do</strong> sujeito<br />
para avaliar as situações. Os termos como "excepcional", foram aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s, o que parece