A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
88<br />
nomear as creches. Historicamente a educação especial tem essa conotação de menoridade,<br />
de abnegação, como será mais bem analisa<strong>do</strong> no próximo sub-capítulo desta tese.<br />
Pode-se valer das questões formuladas, da mesma autora, para problematizar o<br />
significa<strong>do</strong> desses nomes, se tem: Que tipo de concepção se tem <strong>do</strong> espaço institucional<br />
escolar? É procedente categorizar a instituição escola como um "pedacinho de céu?” O que<br />
se espera da educação ministrada no "lar da esperança?” Que papel esta escola deve<br />
cumprir em relação aos próprios alunos e em relação à comunidade? O significa<strong>do</strong> desses<br />
nomes parece revelar uma "mea culpa", uma dívida social que só pode ser sanada se<br />
oferece as pessoas "um novo amanhã", "uma nova vida", "através de uma corrente de<br />
carinho" (BRIZOLA, 2000, p.192).<br />
A situação de esses nomes estarem sen<strong>do</strong> designa<strong>do</strong>s para as escolas especiais parece ser<br />
revela<strong>do</strong>ra da atitude paternalista das instituições desta sociedade para com as pessoas<br />
porta<strong>do</strong>ras de deficiência. Há uma conexão importante entre os significantes nomeais e a<br />
dinâmica presente nas relações sociais. Nessa situação em particular, está se falan<strong>do</strong> da<br />
forma como a sociedade em geral se relaciona com as deficiências. Essa reflexão aponta<br />
para estreita conexão entre o senti<strong>do</strong> de nomear uma escola, a estrutura e a cultura de uma<br />
sociedade que trata de questões referentes às deficiências como se fossem de cunho<br />
"menor".<br />
No que se refere às concepções, onde realmente a humanidade avançou desde a Idade<br />
Antiga? Pode-se questionar, o que mu<strong>do</strong>u? Foram as pessoas nascidas com alguma<br />
deficiência que apresentam outras características naturais? Ou será que foi a atual<br />
capacidade das ciências, da lógica, das filosofias, da política, de revisarem suas posturas,<br />
suas concepções? Em uma profunda revisão, a partir de outra perspectiva, se abrem novas<br />
oportunidades de se aprender algo a mais com a magnitude da vida humana e assim vão se<br />
transforman<strong>do</strong> os velhos conceitos. Para que isso aconteça um processo crítico de análise<br />
deve ser aciona<strong>do</strong>. No senti<strong>do</strong> de revisar os diferentes parâmetros que foram construí<strong>do</strong>s<br />
nas diferentes instâncias concretas e simbólicas da vida social. As representações feitas,