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A DIVERSIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA - Faders - Governo do ...

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se que posteriormente ao tempo da eliminação (em algumas culturas) das pessoas<br />

porta<strong>do</strong>ras de deficiência veio à fase asilar e segrega<strong>do</strong>ra. A superação da fase segregatória<br />

se dá a partir <strong>do</strong> debate em torno da necessária integração <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de deficiência no<br />

contexto das relações sociais. As diversas instituições da sociedade começaram a aprender<br />

a lidar com as diferenças de maneira a procurar um conhecimento específico, especializa<strong>do</strong><br />

na área, e assim as instituições passam a se especializar, se tornan<strong>do</strong> “especiais”. Assim<br />

foram surgin<strong>do</strong> à escola especial, as classes especiais, os clubes sociais especiais.<br />

Conforme SASSAKI (1997, p.31), a partir <strong>do</strong> final da década de 60 (<strong>do</strong> século XX)<br />

houve um movimento para integrar as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência no trabalho, na<br />

família, no lazer, no sistema de ensino. Inicia-se, assim, uma nova abordagem sobre a<br />

questão das diferenças, na qual o objetivo é a inserção <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r de deficiência em seu<br />

contexto de vida. O que vai acontecer, nessas circunstâncias de integração, é uma ruptura<br />

com o velho padrão de exclusão e segregação. Entretanto, existe uma questão importante a<br />

ser ponderada nesse processo:<br />

“A integração constitui um esforço unilateral tão somente da pessoa com<br />

deficiência e seus alia<strong>do</strong>s (a família, a instituição especializada e algumas<br />

pessoas da comunidade que abracem a causa da inserção social), sen<strong>do</strong><br />

que estes tentam torná-la mais aceitável no seio da sociedade”<br />

(SASSAKI, 1997, p.34).<br />

A integração social ainda segue a lógica <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> “modelo médico da deficiência”<br />

que ressalta a patologia <strong>do</strong> sujeito, visan<strong>do</strong> sua adaptação ao sistema da sociedade. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, as pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência devem fazer um grande esforço de superação<br />

pessoal para se capacitar ao convívio no meio ambiente. Ainda não se discute a necessária<br />

adaptação da estrutura social, a acessibilidade <strong>do</strong> desenho arquitetônico das cidades e a<br />

importância da ruptura com o padrão de normalidade, instituída pelo conjunto de normas e<br />

valores que regem o mo<strong>do</strong> de organização da sociedade. Em tal perspectiva, os diversos<br />

setores da sociedade ficam isentos ainda de serem repensa<strong>do</strong>s, em sua forma de<br />

organização e em suas práticas para atenderem aos direitos das pessoas porta<strong>do</strong>ras de<br />

deficiência.

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