A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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psíquicas ou motivos de ordens diversas, isso poderá levá-la a uma inserção social hostil ou<br />
submissa.<br />
A escola e demais instituições, inúmeras vezes, rejeitam e excluem as crianças que não<br />
correspondem ao "grau de normalidade", exigi<strong>do</strong> por um padrão socialmente estabeleci<strong>do</strong>.<br />
As tramas sociais tecidas e reproduzidas perpassam todas as esferas da sociedade. Os<br />
indivíduos, as famílias, as instituições estão to<strong>do</strong>s interliga<strong>do</strong>s nessas tramas compon<strong>do</strong> a<br />
organização <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de viver das pessoas em sociedade. O conjunto forma<strong>do</strong>, a partir daí,<br />
não será uma totalidade fechada, irrevogável. O movimento <strong>do</strong>s indivíduos, no interior<br />
desse conjunto, poderá mudar sua configuração.<br />
Em função da possibilidade de mutabilidade é que se considera significativo o<br />
desaprender de preconceitos e discriminações cria<strong>do</strong>s no cultivo de um padrão. Aquela<br />
criança que aprendeu o pouco valor <strong>do</strong> ser humano, em situações diferenciadas, na medida<br />
de um processo de conscientização, de reflexão e convívio com os demais, poderá<br />
consolidar um novo aprender e perceber que tem direito a voz e a vez, tanto quanto to<strong>do</strong>s os<br />
outros seres <strong>do</strong> Planeta.<br />
Nasce-se e se vive a partir <strong>do</strong>s grupos de origem para continuar a grande obra da vida<br />
humana. Essa grande obra, porém, se consolida em pequenas práticas de cada sujeito em<br />
seu contexto. Nos liames dessa prática, cada qual poderá tanto reproduzir o historicamente<br />
construí<strong>do</strong> ou buscar a transposição de tais construções. No desaprender, nas rupturas com<br />
o que está estabeleci<strong>do</strong> na sociedade, poderá estar conti<strong>do</strong> o potencial de superações<br />
históricas significativas para os sujeito que se perceberam "fora <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>".<br />
As transformações vão se dan<strong>do</strong> na práxis social <strong>do</strong>s sujeitos e nesse processo vão se<br />
colocan<strong>do</strong> as possibilidades de expressão <strong>do</strong>s sujeitos, enquanto partes integrantes,<br />
pertencentes ao seu contexto. A identidade pessoal passa por essa mediação pelo contexto,<br />
com os grupos em que cada um se faz pertencente. O sujeito transita por uma coletividade<br />
que lhe é externa tanto quanto o constitui como sujeito, se tornan<strong>do</strong> parte dele. A arte de se