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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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O TEXTO IMPRESSO • 127<br />

representa um desenvolvimento não posterior ao final <strong>do</strong> século II,<br />

com pequeníssima porcentagem de erro.47<br />

Samuel P. Tregelles (1813-1875), estudioso inglês contemporâneo<br />

de Tischen<strong>do</strong>rf, exerceu na Inglaterra influência semelhante à de<br />

Lachmann no Continente, quanto à rejeição <strong>do</strong> Texto Recebi<strong>do</strong> a favor<br />

de um texto crítico. Seu interesse pelo texto grego <strong>do</strong> NT começou<br />

quan<strong>do</strong> ainda tinha cerca de 20 anos de idade, e, depois de dezenas de<br />

anos de intenso trabalho, publicou sua edição crítica em Londres em<br />

seis partes, entre 1857 e 1872. Ten<strong>do</strong> empreendi<strong>do</strong> inúmeras viagens<br />

pela Europa, conseguiu colar 17 mss. de maneira tão cuida<strong>do</strong>sa que<br />

lhe permitiu inclusive corrigir algumas citações errôneas de críticos<br />

anteriores; também examinou muitas citações patrísticas e antigas<br />

versões. Por sua aguda percepção no julgamento das variantes e por<br />

apresentar um aparato crítico em forma mais conveniente, sua obra<br />

deve ser preferida à de Tischen<strong>do</strong>rf, apesar de não a ter supera<strong>do</strong>,<br />

visto que não usou o Códice Sinaítico.<br />

Brooke F. Westcott (1825-1901) e Fenton J. A. Hort (1828-1892),<br />

professores de Teologia na Universidade de Cambridge, publicaram,<br />

em 1881, a mais notável edição crítica <strong>do</strong> NT grego até então,<br />

intitulada The New Testament in the Original Greek. Fruto de um<br />

trabalho de cerca de 28 anos, constava de <strong>do</strong>is volumes: um com o<br />

texto grego, reconstituí<strong>do</strong> com base principalmente no Códice<br />

Vaticano, e o outro com uma introdução e um apêndice, publica<strong>do</strong> por<br />

Hort no ano seguinte, no qual se descrevem os princípios<br />

meto<strong>do</strong>lógicos segui<strong>do</strong>s pelos editores, juntamente com a discussão de<br />

várias passagens problemáticas. Ao contrário <strong>do</strong>s críticos anteriores,<br />

eles não se preocuparam em colar m ss., nem elaboraram um aparato<br />

crítico propriamente dito. Porém, valen<strong>do</strong>-se de coleções de variantes<br />

já existentes, aperfeiçoaram os princípios desenvolvi<strong>do</strong>s por<br />

Griesbach, Lachmann, Tischen<strong>do</strong>rf e Tregelles, aplican<strong>do</strong>-os com<br />

bastante rigor e imparcialidade na reconstituição <strong>do</strong> texto.48<br />

47 Champlin, op. cit., v. l, p. 101.<br />

48 Para um resumo <strong>do</strong>s princípios e procedimentos críticos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s por Wetscott<br />

e Hort, veja M etzg er, The text o fth e N ew Testament, p. 129-31.

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