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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS TEXTUAIS • 149<br />

Princípios Textuais<br />

Os princípios de restauração textual que, de forma geral, são hoje<br />

pratica<strong>do</strong>s encontram-se dispostos em <strong>do</strong>is diferentes critérios, embora<br />

necessariamente simultâneos e interdependentes: a evidência externa<br />

e a evidência interna, cada qual envolven<strong>do</strong> uma série de cinco regras<br />

definidas.9<br />

Evidência Externa<br />

O primeiro passo no julgamento de uma variante é avaliar sua<br />

evidência <strong>do</strong>cumental, ou seja, fazer o levantamento <strong>do</strong>s testemunhos<br />

junto aos mss., versões e citações patrísticas e então operar com bases<br />

nos seguintes princípios:<br />

Deve-se valorizar mais a antigüidade <strong>do</strong> texto que a <strong>do</strong> ms.<br />

propriamente dito. A data da composição é o “mais proeminente fato”<br />

que se deve conhecer acerca de um m s.,10 cuja evidência é tanto<br />

mais valiosa quanto mais antigo for o <strong>do</strong>cumento; quanto mais<br />

recente, mais vicia<strong>do</strong> ele deve estar pelos copistas. Essa regra,<br />

todavia, pode apresentar exceções, contrarian<strong>do</strong> portanto o<br />

procedimento geral <strong>do</strong>s críticos até mais ou menos o século XIX,<br />

quan<strong>do</strong> pouco ou nenhum valor era da<strong>do</strong> aos mss. minúsculos, na<br />

crença de que a forma mais primitiva e pura <strong>do</strong> texto era encontrada<br />

somente nos mss. mais antigos. Investigações posteriores<br />

demonstraram ser perfeitamente possível que um m s. antigo oferecesse<br />

um texto já até certo ponto deteriora<strong>do</strong>, enquanto um minúsculo<br />

recente pudesse ter conserva<strong>do</strong> uma forma bem primitiva <strong>do</strong> texto, tal<br />

como ocorre com o ms. 33, que, embora sen<strong>do</strong> <strong>do</strong> século IX, é um<br />

“excelente representante” <strong>do</strong> tipo alexandrino de texto." Portanto,<br />

mais importante que a antigüidade <strong>do</strong> ms. em si é a antigüidade <strong>do</strong><br />

9 Definidas quanto à natureza, a formulação e mesmo a disposição numérica podem<br />

variar de um autor para outro.<br />

10 P a r v is , op. cit., p. 610.<br />

" M e t z g e r , The text o f the New Testament, p. 62.

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