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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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164 • CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO<br />

conheci<strong>do</strong>s. No caso <strong>do</strong>s unciais, por exemplo, e raramente em<br />

relação a outros mss., alguns sinais são usa<strong>do</strong>s para indicar o escriba<br />

de um ms: * para a primeira mão, isto é, o escriba original, e 2 e<br />

3 respectivamente para a mão <strong>do</strong> primeiro, segun<strong>do</strong> e terceiro<br />

corretores de um ms., quan<strong>do</strong> tais distinções são possíveis; caso<br />

contrário, usa-se apenas um c para indicar o texto <strong>do</strong> corretor.<br />

Também relativamente comum é um ms. apresentar alguma leitura<br />

marginal, ou seja, uma leitura adicionada ao la<strong>do</strong> da coluna de texto.<br />

Se entendida como leitura alternativa, recebe a designação v. I. , de<br />

varia lectio (“leitura variante”); se a intenção for duvi<strong>do</strong>sa, a variante<br />

é descrita simplesmente mediante um mg (“na margem”). Correções<br />

separadas por séculos são facilmente reconhecíveis, o mesmo não<br />

acontecen<strong>do</strong> com aquelas próximas <strong>do</strong> original, e muitas delas podem<br />

até ser contemporâneas ao texto da primeira mão,35 de maneira que,<br />

quan<strong>do</strong> um ms. for assinala<strong>do</strong> por um s (“suplemento”), isso significa<br />

que a variante em apreço deriva de uma adição posterior e, portanto,<br />

não deveria de forma alguma ser associada à autoridade original <strong>do</strong><br />

ms.<br />

As palavras simples freqüentemente são abreviadas no aparato para<br />

economizar espaço, mas uma rápida olhada no texto acima já permite<br />

saber a palavra em questão. Em Mateus 1.10, por exemplo, o aparato<br />

consigna M-oorjv e M-ootj, indican<strong>do</strong> que os mss. cita<strong>do</strong>s trazem<br />

respectivamente as formas M a v a a a r jp e M a v a a a r]. Já em Mateus<br />

2.23, no aparato se lê apenas -p ed, obviamente significan<strong>do</strong> que a<br />

forma N afap ér no texto é soletrada de maneira diferente em C, K e<br />

assim por diante. Variantes maiores podem ter diversas palavras<br />

representadas apenas por suas iniciais, sem qualquer prejuízo para a<br />

identificação <strong>do</strong> texto. Quan<strong>do</strong> uma variante no aparato tem reticências<br />

(...) entre as palavras, isso significa que a porção intermediária não<br />

mostra nenhuma variação em relação à forma a<strong>do</strong>tada no texto.<br />

No caso de a variante apresentar muitas subvariantes, isto é,<br />

diferenças menores dentro da mesma variante, a indicação é feita<br />

mediante o uso de parênteses e os sinais + (para inserções) e " (para<br />

omissões), como no exemplo que se segue. Em Mateus 5.44, o<br />

35 Um ms. prepara<strong>do</strong> em um scriptorium costumava ser examina<strong>do</strong> logo em seguida<br />

para a verificação de sua exatidão textual.

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