Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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192 • CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO<br />
Cirilo de Jerusalém, Gregório de Nazianzo, Dídimo, Epifânio,<br />
Crisóstomo.<br />
(4) kcu eúôoK Ía àvBpcÓTioic;.<br />
syrs.<br />
(5) kcu èv ávOpcoTioiç eúôoK Ía.<br />
ç v r h (com asterisco)<br />
b y I<br />
Embora sejam dadas cinco variantes, elas na verdade se resumem<br />
em apenas duas principais: a que traz o genitivo eúôoKÍaç e a que<br />
consigna o nominativo eúòoKÍa; todas as outras diferenças são<br />
secundárias e não alteram em praticamente nada a tradução. A leitura<br />
que se popularizou mediante o Texto Recebi<strong>do</strong>, “paz na terra, boa<br />
vontade para com os homens”, conta com um grande número de<br />
testemunhos, tanto em mss. gregos quanto em versões e Pais da Igreja.<br />
Já a leitura “paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” conta<br />
principalmente com o apoio <strong>do</strong>s Códices Sinaítico e Vaticano, em sua<br />
leitura original, conforme indicam os asteriscos. O aparato crítico <strong>do</strong><br />
The Greek New Testament traz ainda uma sexta variante: “paz na terra<br />
e boa esperança para os homens” , cujos testemunhos são muitos<br />
restritos e não têm a mínima probabilidade de representar a forma<br />
original.<br />
Evidência externa. Como se pode ver, os melhores mss. gregos <strong>do</strong>s<br />
textos alexandrino (K e B) e Ocidental (D e W) são acompanha<strong>do</strong>s por<br />
importantes versões (a Copta Saídica e vários códices antigo-latinos) e<br />
evidências patrísticas (Orígenes e Cirilo de Jerusalém) no apoio a<br />
eúòoK Íaç, o que prova que essa leitura era amplamente difundida tanto<br />
no Ocidente quanto no Alto Egito e na Palestina desde a primeira<br />
metade <strong>do</strong> século II. Por outro la<strong>do</strong>, a forma nominativa da palavra<br />
também era amplamente conhecida na Síria (as versões siríacas) nos<br />
arre<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Nilo, no Egito (a Copta Boaírica), e em Cesaréia<br />
(0 e Eusébio), igualmente datan<strong>do</strong> de uma época tão primitiva quanto<br />
a metade <strong>do</strong> século II.<br />
Apesar de ambas as leituras serem bastante antigas, a evidência