Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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136 • CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO<br />
Jerusalém, <strong>do</strong>s padres <strong>do</strong>minicanos.<br />
José M. Bover (1877-1954), professor de Teologia Bíblica em<br />
Barcelona, publicou em 1943 seu No vi Testamenti Biblia Graeca et<br />
Latina, a última edição crítica católica que merece destaque.67 Depois<br />
de ter coleciona<strong>do</strong> e avalia<strong>do</strong> evidências textuais durante cerca de dez<br />
anos, elaborou um texto eclético com base principalmente nas edições<br />
de Tischen<strong>do</strong>rf, Westcott e Hort, Weiss, Von Soden e Vogels.<br />
Embora um prospecto afirmasse que haviam si<strong>do</strong> escolhidas as<br />
variantes que contavam com o “testemunho <strong>do</strong>s melhores e mais<br />
antigos códices, versões e autores eclesiásticos”,68 percebe-se que na<br />
verdade Bover, à semelhança de Vogels e Merk, também fora<br />
grandemente influencia<strong>do</strong> por Von Soden e pela Vulgata Latina.69 O<br />
aparato crítico, que trazia informações extraídas das edições<br />
consultadas, comentava apenas as principais variantes, se bem que na<br />
maioria das vezes as evidências de mss. minúsculos, versões e<br />
lecionários eram mais abundantes que em Nestle. Foram publicadas<br />
ao to<strong>do</strong> cinco edições até 1968, e em 1977 apareceu reformulada por<br />
José 0 ’Callaghan com o título Nuevo <strong>Testamento</strong> Trilingue, trazen<strong>do</strong><br />
também uma versão castelhana; o aparato crítico foi amplia<strong>do</strong> com<br />
novas evidências textuais, incluin<strong>do</strong>-se as extraídas <strong>do</strong>s papiros, mas<br />
o texto grego, em que pese a revisão efetuada por 0 ’Callaghan, não<br />
sofreu muitas mudanças.70 A segunda edição, de 1988, foi<br />
enriquecida apenas com algumas informações bibliográficas.<br />
67 Em 1981, Gianfranco Nolli publicou em Roma seu Novum Testamentum Graece<br />
etL atine, com o texto grego acompanha<strong>do</strong> da Nova Vulgata, que consiste numa<br />
nova e oficial versão latina da Bíblia iniciada em 1965, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Papa Paulo<br />
VI, e concluída em 1979. Como essa nova versão fosse elaborada com base em<br />
recentes edições críticas hebraicas e gregas, a edição de Nolli apresenta várias<br />
anomalias, uma vez que ele editou um texto grego diferente. Seu aparato crítico<br />
também deixa muito a desejar (veja A l a n d & A l a n d , op. cit., p. 223).<br />
68 Ap. M etzger, Chapters in the history of the New Testament textual criticism, p.<br />
137.<br />
69 Grenlee, op. cit., p. 94.<br />
70 A la nd & A l a n d , op. cit., p. 25.