Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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ANÁLISE DE TEXTOS • 195<br />
João 5.3, 4<br />
A cura <strong>do</strong> paralítico junto ao tanque de Betesda37 consiste num<br />
<strong>do</strong>s mais conheci<strong>do</strong>s milagres de Cristo, e isso talvez em virtude <strong>do</strong>s<br />
estranhos elementos que cercam a narrativa, como a descida periódica<br />
de um anjo, o movimento das águas e a cura que vinha somente ao<br />
primeiro que entrasse no tanque. Ocorre que a parte final de João 5.3,<br />
“esperan<strong>do</strong> que se movesse a água...” , e to<strong>do</strong> o versículo 4<br />
apresentam sérios problemas textuais, parecen<strong>do</strong> não fazer parte <strong>do</strong><br />
texto original <strong>do</strong> evangelho. A versão de Almeida Revista e Atualizada<br />
inclui toda a expansão no versículo 4, assinalan<strong>do</strong>-a com colchetes; e,<br />
como os testemunhos são praticamente idênticos, o mesmo<br />
procedimento será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> na descrição das variantes a seguir:<br />
(1) {A} Omitem o versículo 4.<br />
P66'75, N, B, C*, D, Wsupp, 0125, 0141, 33, itdflq, vgww, syrc,<br />
C o p s a .lx ) m ss.ach 2^ N 0 n O .<br />
(2) Incluem o versículo 4.<br />
A, C \ K, L, Xc‘,mm, A, 0 , 063, 078, f,f \ 28, 565, 700,<br />
892, 1009, 1010, 1071, 1195, 1216, 1230, 1241, Byz, Lect,<br />
jta,aur,b,c,^ vgci^ syj-p.pa^ copbomss, arm, Diatessaron“e i,rmin,<br />
Tertuliano, Ambrósio, Dídimo, Crisóstomo, Cirilo.<br />
(3) Incluem o versículo 4 com asteriscos ou óbelos.<br />
S, A, n, 047, 1079, 2174, syrh.<br />
37 O nome <strong>do</strong> tanque também apresenta um problema crítico-textual, pois aparece<br />
de várias maneiras nos mss.: Brjõcraiôá, Br/0faôá, Brjfaôá, BeXfeôá e Brjdeoôá<br />
(veja o aparato crítico de João 5.2). A leitura a<strong>do</strong>tada no The Greek New<br />
Testament é B-qô^adá, mas há autores que preferem Brjôecráá, principalmente após<br />
a publicação, em 1960, <strong>do</strong> Rolo de Cobre descoberto em Qumram (3Q15), onde<br />
o lugar é chama<strong>do</strong> de Beth’ eshdãthaim (veja F. F. B ru ce, João: introdução e<br />
comentário, p. 113).