Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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O TEXTO IMPRESSO • 129<br />
levasse cerca de 20 anos até ser definitivamente substituí<strong>do</strong> pelo texto<br />
crítico nas principais sociedades bíblicas da Europa.<br />
Bernhard Weiss (1827-1918), teólogo alemão, publicou entre 1894<br />
e 1900, em Leipzig, sua edição crítica <strong>do</strong> NT grego em três volumes.<br />
Como professor de exegese neotestamentária, operou principalmente<br />
com base nas chamadas evidências internas para a escolha das<br />
variantes e, apesar disso, seu texto mostrou-se notavelmente similar<br />
ao de Westcott e Hort. Em primeiro lugar, procurou conhecer<br />
detalhadamente os problemas teológicos e literários <strong>do</strong> NT e a seguir<br />
passou a escolher as variantes que pareciam mais apropriadas ao estilo<br />
e à teologia de cada autor sagra<strong>do</strong>, as que pareciam harmonizar-se<br />
melhor com o intuito geral <strong>do</strong> texto. Ao assim fazer, pôde avaliar<br />
cada um <strong>do</strong>s principais mss. gregos <strong>do</strong> NT em relação aos diversos<br />
tipos de erros que catalogou e como resulta<strong>do</strong> também concluiu que<br />
o Códice Vaticano é o que mais se aproxima <strong>do</strong>s originais. Dessa<br />
forma, a importância de sua obra está em demonstrar que a<br />
meto<strong>do</strong>logia subjetiva confirma os resulta<strong>do</strong>s de méto<strong>do</strong>s mais<br />
objetivos, como a comparação de mss., na reconstituição de um texto.<br />
EberhardNestle (1851-1913), professor em Maulbronn, lançou em<br />
1898 a primeira edição de seu Novum Testamentum Graece, que não<br />
apresentava um texto propriamente novo, mas havia si<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong><br />
para fins práticos, com base nas edições de Tischen<strong>do</strong>rf e Westcott e<br />
Hort. Quan<strong>do</strong> o texto de ambas as edições divergia, a edição de Weiss<br />
era consultada. E assim foi tomada a maioria das decisões: a<br />
concordância entre duas edições determinava o texto, enquanto a<br />
variante divergente tinha lugar no aparato, juntamente com uma série<br />
de símbolos que permitiam ao leitor a reconstrução exata <strong>do</strong>s textos<br />
das edições usadas. Quanto às evidências textuais, o aparato era<br />
bastante limita<strong>do</strong>, uma vez que dedicava apenas uma ou duas linhas<br />
para as variantes <strong>do</strong> Códice Beza. Em vez de ser tida como muito<br />
elementar, porém, a edição fora preparada justamente para fins<br />
utilitários e apenas sintetizava os resulta<strong>do</strong>s das pesquisas textuais <strong>do</strong><br />
século xix. Deixava de la<strong>do</strong> os extremos de Tischen<strong>do</strong>rf (com sua<br />
preferência pelo Códice Sinaítico) e de Westcott e Hort (que haviam<br />
preferi<strong>do</strong> o Códice Vaticano), especialmente quan<strong>do</strong> o texto de Weiss