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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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O TEXTO IMPRESSO • 137<br />

Kurt Aland, um <strong>do</strong>s maiores nomes na crítica textual <strong>do</strong> NT <strong>do</strong><br />

século XX, apareceu pela primeira vez em 1952 como editor associa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> NT grego de Nestle, então na 21.a edição, e desde esse tempo tem<br />

contribuí<strong>do</strong> grandemente para incrementar o aparato crítico com novas<br />

evidências textuais, em particular aquelas derivadas <strong>do</strong>s papiros, o que<br />

fez com que o leitor passasse a ter a clara impressão de que o texto<br />

publica<strong>do</strong> fora estabeleci<strong>do</strong> com base inteiramente nos mss. e não<br />

apenas em outras edições. Em 1979, o “Nestle-Aland” , como ficou<br />

conheci<strong>do</strong>, apareceu em sua 26.a edição, ten<strong>do</strong> Barbara Aland por coeditora,<br />

e as diferenças textuais que se foram acumulan<strong>do</strong> ao longo<br />

desses 80 anos, em relação à primeira edição, já são ao re<strong>do</strong>r de<br />

700;71 e, por trazer um texto de fato reconstituí<strong>do</strong> com base nos<br />

melhores testemunhos hoje conheci<strong>do</strong>s e um aparato crítico detalha<strong>do</strong><br />

e abrangente, embora compacto, continua sen<strong>do</strong> o NT grego mais<br />

aprecia<strong>do</strong> e usa<strong>do</strong> pelos pesquisa<strong>do</strong>res em geral.72<br />

Eugene A. Nida, secretário <strong>do</strong> Departamento de Traduções da<br />

Sociedade Bíblica Americana, foi o origina<strong>do</strong>r, organiza<strong>do</strong>r e<br />

administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto que lançou, em 1966, o The Greek New<br />

Testament, edição crítica <strong>do</strong> NT grego destinada principalmente a<br />

satisfazer às exigências <strong>do</strong>s tradutores da Bíblia em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Em<br />

virtude desse propósito bem defini<strong>do</strong>, no aparato crítico foram<br />

incluídas apenas as séries de variantes de maior importância exegética,<br />

embora supridas de uma copiosa lista de testemunhos. Num segun<strong>do</strong><br />

aparato, foram alistadas também várias diferenças de pontuação entre<br />

as mais famosas edições críticas e as traduções mais importantes nas<br />

principais línguas modernas.<br />

Os trabalhos começaram em 1955, quan<strong>do</strong> as Sociedades Bíblicas<br />

Unidas nomearam uma comissão internacional de especialistas em<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> NT para que preparasse uma edição assim. Dentre os<br />

71 Ibid., p. 20.<br />

72 Quanto ao texto propriamente dito, A l a n d & A l a n d , op. cit., p. 27, registraram<br />

a seguinte comparação: em relação à 2 5 .a edição <strong>do</strong> Nestle-Aland (1963), a oitava<br />

edição de Tischen<strong>do</strong>rf difere 1 262 vezes; a de Westcott e Hort, 558; a de von<br />

Soden, 2 047; a quarta de Vogels, 1 996; a nona de Merk, 770; e a quinta de<br />

Bover, 1 161.

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