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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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CONCLUSÃO • 213<br />

outros 16 fragmentos gregos da caverna 7 e, com grande cautela, dizia<br />

ter certeza da identificação não só <strong>do</strong> fragmento 5, mas também <strong>do</strong><br />

fragmento 4, que registra a parte final de 1 Timóteo 4.1 —<br />

“...obedecerem a espíritos engana<strong>do</strong>res e a ensinos de demônios” — e<br />

também é anterior ao ano 6 8 . Thiede afirmou:<br />

Esse fragmento contém palavras muito claras e é ainda mais<br />

incontestável que 7Q5, porque vem <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito de um papiro e<br />

contém a parte final das palavras. Do ponto de vista científico, é um<br />

caso excepcional e um elemento muito precioso. Podemos concluir<br />

que o fragmento 7Q4 foi identifica<strong>do</strong> com certeza.9<br />

Como resulta<strong>do</strong> dessas duas descobertas, admite-se agora a<br />

possibilidade de que outros fragmentos de papiros neotestamentários<br />

ainda possam ser encontra<strong>do</strong>s em Qumram. Por essa razão, um<br />

importante grupo de estudiosos, entre os quais Bargil Pixner, de<br />

Jerusalém, Bernhard Mayer, de Eichstätt, Rainer Riesner e Otto Benz,<br />

de Tübingen, Benedikt Schwank, de Munique, e James Charlesworth,<br />

de Princeton, assinou em Eichstätt um pedi<strong>do</strong> ao governo israelense<br />

para que autorize novas pesquisas na área da caverna 7.<br />

Novas surpresas podem estar a caminho. Embora da perspectiva<br />

textual esses <strong>do</strong>is fragmentos pouco ajudem, são deveras importantes<br />

no âmbito da exegese teológica. Nada impede, porém, que a crítica<br />

textual também seja surpreendida com uma nova descoberta, como a<br />

de algum ms. substancialmente completo anterior aos que hoje<br />

conhecemos. Mas é muito provável que tal ms. acrescentasse bem<br />

pouco a tu<strong>do</strong> que já se fez desde o século XVI, a não ser em termos de<br />

confirmação. As evidências atualmente disponíveis são tantas e tão<br />

conclusivas que podemos estar mais <strong>do</strong> que seguros de que o texto<br />

grego hoje em circulação está muito próximo, se é que não totalmente,<br />

daquele que foi produzi<strong>do</strong> pelos apóstolos.<br />

Mesmo com todas as alterações que se acumularam ao longo <strong>do</strong>s<br />

séculos de sua transmissão manuscrita, o NT nunca teve sua base<br />

<strong>do</strong>utrinária ou ética comprometida. Cristo e sua mensagem nunca<br />

deixaram de ser reconheci<strong>do</strong>s nem mesmo compreendi<strong>do</strong>s, razão por<br />

9 Ap. Peter SCHULZ, 30 Dias, p. 74-5.

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