Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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50 • CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO<br />
Escrito provavelmente no Egito, o ms. entrou na Biblioteca <strong>do</strong><br />
Vaticano (onde permanece como um de seus maiores tesouros) em<br />
alguma época antes de 1475, ano em que aparece pela primeira vez no<br />
catálogo <strong>do</strong>s livros da biblioteca. Contu<strong>do</strong>, as autoridades hesitaram<br />
em permitir seu uso, até que foi publica<strong>do</strong> em 1857 e novamente em<br />
1859 pelo Cardeal Angelo Mai; ambas as edições, porém, diferiam<br />
muito uma da outra, e eram tão inexatas que quase não podiam ser<br />
usadas. Nova edição revisada apareceu entre 1868 e 1872, mas uma<br />
perfeita reprodução fotográfica foi publicada somente nos anos de<br />
1889 e 1890, a partir de quan<strong>do</strong> os estudiosos da crítica textual<br />
finalmente puderam passar a fazer uso completo desse que é<br />
reconheci<strong>do</strong> como o mais valioso de to<strong>do</strong>s os mss. gregos <strong>do</strong> NT. É<br />
o que contém, proporcionalmente, o menor número de erros, estan<strong>do</strong><br />
também menos retoca<strong>do</strong> que o Sinaítico, com quem se une em<br />
parentesco até o ponto de pertencerem a um tronco comum,<br />
representan<strong>do</strong> uma forma de texto que deve ter circula<strong>do</strong> no Egito<br />
antes <strong>do</strong> ano 200." Kenyon declara que “os críticos em geral crêem<br />
ser B a evidência principal da mais antiga forma de texto <strong>do</strong> NT” .12<br />
C ou 04 (Códice Efraimita). É um palimpsesto, o mais importante<br />
<strong>do</strong> NT. Escrito no século V, provavelmente no Egito, foi trazi<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Oriente Médio para a Europa no início <strong>do</strong> século XVI. Continha<br />
originariamente toda a Bíblia, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> conservadas apenas 64 folhas<br />
<strong>do</strong> AT e 145 <strong>do</strong> NT, com uma coluna de texto por página. Exceção<br />
feita a 2 Tessalonicenses e 2 João, to<strong>do</strong>s os livros <strong>do</strong> NT estão<br />
representa<strong>do</strong>s, porém, imperfeitos. No século XII, teve seu texto<br />
raspa<strong>do</strong> a fim de prover material para uma tradução grega <strong>do</strong>s trata<strong>do</strong>s<br />
de Efraim, da Síria. A escrita original, todavia, foi decifrada numa<br />
difícil tarefa concluída pela primeira vez por Tischen<strong>do</strong>rf. Encontra-se<br />
na Biblioteca Nacional de Paris, e é a principal testemunha da segunda<br />
parte de Mateus 20.16 — “ ... porque muitos são chama<strong>do</strong>s, mas<br />
poucos escolhi<strong>do</strong>s” .<br />
11 Z im m er m a n n, Los méto<strong>do</strong>s histórico-críticos en el Nuevo <strong>Testamento</strong>, p. 47 e<br />
52.<br />
12 Op. cit., p. 140.