Critica-Textual-do-Novo-Testamento
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INTRODUÇÃO • 21<br />
e prática” .22 É isso, entre outras coisas, que as páginas a seguir<br />
procurarão demonstrar.<br />
Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />
Por tratar-se a presente pesquisa de uma introdução aos trabalhos<br />
textuais <strong>do</strong> n t , o primeiro capítulo traz as informações essenciais<br />
quanto ao preparo <strong>do</strong>s mss. em geral, tanto nos tempos apostólicos<br />
quanto em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> posterior de cópias manuscritas. O<br />
conhecimento <strong>do</strong>s materiais emprega<strong>do</strong>s no preparo <strong>do</strong>s livros antigos,<br />
bem como <strong>do</strong>s diferentes tipos de escrita e outras peculiaridades<br />
gráficas, é indispensável não apenas para que as cópias que chegaram<br />
até nós sejam devidamente datadas e catalogadas, mas também para que<br />
se conheçam os estágios primitivos da transmissão <strong>do</strong> n t e se possa<br />
julgar corretamente entre uma cópia e outra, ou entre uma variante e<br />
outra. Tais informações são complementadas no capítulo seguinte, com<br />
a classificação e descrição mais ou menos detalhada das principais<br />
evidências textuais e seus respectivos testemunhos: os mss. gregos, as<br />
antigas versões e as citações patrísticas.<br />
O terceiro capítulo procura fazer a reconstituição histórica <strong>do</strong> texto<br />
escrito no NT, isto é, a verificação de onde, quan<strong>do</strong>, como e por que<br />
começaram a aparecer as primeiras leituras divergentes e a maneira<br />
como toda subseqüente transmissão <strong>do</strong> texto acabou sen<strong>do</strong> condicionada<br />
por tais divergências. Trata-se <strong>do</strong> capítulo central <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>,<br />
principalmente por tocar naquele que é o âmago <strong>do</strong> problema textual<br />
<strong>do</strong> NT, pois “quem <strong>do</strong>mina a história <strong>do</strong> texto está capacita<strong>do</strong> para a<br />
correta aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> da crítica textual” .23 Acontece que essa<br />
história, nas palavras de Leo Vaganay, “é tão importante quanto<br />
obscura”,24 e a reconstituição formulada não pretende ser original nem<br />
encerrar a discussão em torno <strong>do</strong> assunto; na verdade, busca-se um<br />
meio-termo entre as mais prováveis teorias existentes, sem, contu<strong>do</strong>,<br />
confrontá-las, por não ser esse o objetivo da pesquisa.<br />
22 Op. cit., p. 20.<br />
23 Zim m e r m a n n, op. cit., p. 21.<br />
24 An introduction to the textual criticism of the New Testament, p. 96.