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Critica-Textual-do-Novo-Testamento

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40 • CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO<br />

geográfica <strong>do</strong>s mss. anteriores é competência praticamente exclusiva<br />

da paleografia. Os paleógrafos usam o méto<strong>do</strong> comparativo <strong>do</strong> tipo de<br />

letra (forma, tamanho, separação, conexão), acento, espírito,<br />

abreviaturas, ilustrações (desenhos, símbolos cristãos, iniciais<br />

trabalhadas), correções, material usa<strong>do</strong>, número de colunas, qualidade<br />

e cor da tinta, largura e tipo da linha, inscrições, tipo de<br />

encadernação, enfim, uma longa lista de detalhes e regras. Em tempos<br />

modernos, têm-se usa<strong>do</strong> também os méto<strong>do</strong>s de medição pela<br />

radioatividade, como o <strong>do</strong> carbono 14 ou o <strong>do</strong> potássio-argônio.<br />

Catalogação<br />

Quan<strong>do</strong> os mss. conheci<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s ainda eram poucos, era<br />

possível determiná-los por seu local de origem ou de conservação<br />

(e.g. , os Códices Alexandrino e Vaticano), por seu antigo possui<strong>do</strong>r<br />

(Códice Beza), ou por alguma característica especial (Códice Efraimita<br />

Reescrito), mas, como as descobertas tornassem seu número cada vez<br />

maior, surgiu a necessidade de uma nomenclatura que fosse ao mesmo<br />

tempo breve e clara, e permitisse aos estudiosos trabalhar com um<br />

sistema padroniza<strong>do</strong>. E foi fazen<strong>do</strong> frente a essa necessidade que J. J.<br />

Wettstein, em sua edição crítica <strong>do</strong> NT grego, impressa em Amsterdã<br />

nos anos de 1751 e 1752, começou a designar os mss. em unciais por<br />

letras maiúsculas <strong>do</strong> alfabeto latino — logo se continuou com os<br />

alfabetos grego e hebraico — e os mss. em minúscula por algarismos<br />

arábicos; os papiros ainda eram desconheci<strong>do</strong>s.<br />

Conquanto tenha si<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tada por críticos posteriores, sua<br />

classificação apresentava sérias dificuldades. Além de a designação<br />

<strong>do</strong>s mss. com base apenas no tipo da escrita ser puramente externa,<br />

não demorou muito e logo se esgotaram as letras <strong>do</strong>s alfabetos latino,<br />

grego e hebraico. Mais grave ainda era o fato de que, ao agrupar os<br />

mss. em blocos principais (corresponden<strong>do</strong> aos evangelhos, Atos,<br />

epístolas paulinas, epístolas católicas e Apocalipse), Wettstein fez com<br />

que a nomenclatura corresse de forma independente, onde a mesma<br />

letra ou número podia indicar diferentes mss. em diferentes livros <strong>do</strong><br />

NT.<br />

Diante disso, C. R. Gregory, no final <strong>do</strong> século xix, propôs

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