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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Os chefes papais não tinham acreditado que Lutero realmente se aventurasse a aparecer em<br />

Worms, e sua chegada encheu-os de consternação. O imperador imediatamente convocou seus<br />

conselheiros para considerarem como deveriam agir. Um dos bispos, romanista rígido, declarou:<br />

“Temo-nos consultado durante muito tempo acerca deste assunto. Livre-se vossa majestade imperial,<br />

de uma vez, deste homem. Não fez Sigismundo com que João Huss fosse queimado? Não somos<br />

obrigados a dar nem a observar o salvo-conduto de um herege.” “Não”, disse o imperador; “devemos<br />

cumprir nossa promessa.” — D’Aubigné. Decidiu-se, <strong>por</strong>tanto, que o reformador fosse ouvido.<br />

A cidade toda se achava sôfrega <strong>por</strong> ver este homem notável, e uma multidão de visitantes logo<br />

encheu suas estalagens. Lutero havia-se apenas restabelecido de enfermidade recente; estava cansado<br />

da jornada, que levara duas semanas inteiras; deveria prepararse para enfrentar os momentosos<br />

acontecimentos do dia seguinte, e necessitava de sossego e repouso. Tão grande, <strong>por</strong>ém, era o desejo<br />

de o ver, que havia ele gozado apenas o descanso de algumas horas quando ao seu redor se reuniram<br />

avidamente nobres, cavalheiros, sacerdotes e cidadãos. Entre estes se encontravam muitos dos nobres<br />

que tão ousadamente haviam pedido ao imperador uma reforma contra os abusos eclesiásticos e que,<br />

diz Lutero, “se tinham todos libertado <strong>por</strong> meu evangelho.” — Vida e Tempos de Lutero, de Martyn.<br />

Inimigos, bem como amigos foram ver o intrépido monge. Ele, <strong>por</strong>ém, os recebeu com calma<br />

inabalável, respondendo a todos com dignidade e sabedoria. Seu <strong>por</strong>te era firme e corajoso. O rosto,<br />

pálido e magro, assinalado com traços de trabalhos e enfermidade, apresentava uma expressão amável<br />

e mesmo alegre. A solenidade e ardor profundo de suas palavras conferiam-lhe um poder a que mesmo<br />

seus inimigos não podiam resistir completamente. Tanto amigos como adversários estavam cheios de<br />

admiração. Alguns estavam convictos de que uma influência divina o acompanhava; outros<br />

declaravam, como fizeram os fariseus em relação a Cristo: “Ele tem demônio.”<br />

No dia seguinte, Lutero foi chamado para estar presente à Dieta. Designou-se um oficial imperial<br />

para conduzi-lo até ao salão de audiência; foi, contudo, com dificuldade que ele atingiu o local. Todas<br />

as ruas estavam cheias de espectadores, ávidos de ver o monge que ousara resistir à autoridade do<br />

papa. Quando estava para entrar à presença de seus juízes, um velho general, herói de muitas batalhas,<br />

disse-lhe amavelmente: “Pobre monge, pobre monge, vais agora assumir posição mais nobre do que<br />

eu ou quaisquer outros capitães já assumimos nas mais sanguinolentas de nossas batalhas! Mas, se tua<br />

causa é justa, e estás certo disto, vai avante em nome de Deus e nada temas. Deus não te abandonará.”<br />

— D’Aubigné.<br />

Finalmente Lutero se achou perante o concílio. O imperador ocupava o trono. Estava rodeado<br />

das mais ilustres personagens do império. Nunca homem algum comparecera à presença de uma<br />

assembléia mais im<strong>por</strong>tante do que aquela diante da qual Martinho Lutero deveria responder <strong>por</strong> sua<br />

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