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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

disso se dar conta, foi posto face a face com a heresia, e obrigado a submeter à prova o poder da<br />

teologia romana no combate ao ensino protestante.<br />

Estava em Paris um primo de Calvino, que se havia unido aos reformadores. Os dois parentes<br />

muitas vezes se encontravam, e juntos discutiam as questões que estavam perturbando a cristandade.<br />

“Não há senão duas espécies de religiões no mundo”, dizia o protestante Olivetan. “Uma é a espécie<br />

de religiões que os homens inventaram, e em todas as quais o homem se salva <strong>por</strong> cerimônias e boas<br />

obras; a outra é a religião que está revelada na Escritura Sagrada e ensina o homem a esperar pela<br />

salvação unicamente da livre graça de Deus.”<br />

“Não quero nenhuma das tuas novas doutrinas”, exclamou Calvino; “achas que tenho vivido em<br />

erro todos os meus dias?” — Wylie. No espírito, <strong>por</strong>ém, haviam-se-lhe despertado pensamentos de<br />

que se não podia livrar de todo. Sozinho em seu quarto, ponderava as palavras do primo. Não o deixara<br />

a convicção do pecado; via-se sem intercessor, na presença de um santo e justo Juiz. A mediação dos<br />

santos, as boas obras, as cerimônias da Igreja, tudo era impotente para expiar o pecado. Nada via diante<br />

de si, além do negror do desespero eterno. Em vão os doutores da igreja se esforçavam <strong>por</strong> aliviar-lhe<br />

a infelicidade. Em vão recorria à confissão e penitência; estas não podiam reconciliar a alma com Deus.<br />

Enquanto ainda se empenhava nessas lutas infrutíferas, Calvino, visitando casualmente uma das<br />

praças públicas, testemunhou ali a queima de um herege. Ficou deveras maravilhado ante a expressão<br />

de paz que se esboçava no semblante do mártir. Entre as torturas daquela morte cruel, e sob a mais<br />

terrível condenação da igreja, manifestou uma fé e coragem que o jovem estudante dolorosamente<br />

contrastou com o seu próprio desespero e escuridão, embora vivesse em estrita obediência à igreja. Na<br />

Bíblia, sabia ele, fundamentavam os hereges a sua fé. Resolveu estudá-la e descobrir, se o pudesse, o<br />

segredo da alegria deles.<br />

Na Bíblia achou a Cristo. “Ó Pai”, exclamou ele, “Seu sacrifício apaziguou Tua ira; Seu sangue<br />

lavou minhas impurezas; Sua cruz arrostou minha maldição; Sua morte fez expiação <strong>por</strong> mim.<br />

Imaginamos para nós muitas tolices inúteis, mas Tu colocaste Tua Palavra diante de mim como uma<br />

tocha, e tocaste-me o coração, a fim de que eu abominasse todos os outros méritos, com exceção dos<br />

de Jesus.” — Martyn.<br />

Calvino tinha sido educado para o sacerdócio. Quando contava apenas doze anos de idade, foi<br />

designado para o cargo de capelão de pequena igreja, sendo-lhe pelo bispo tonsurada a cabeça, de<br />

acordo com o cânon da igreja. Não recebeu consagração, nem cumpria os deveres de sacerdote, mas<br />

tornou-se membro do clero, mantendo o título de seu ofício e recebendo um estipêndio em<br />

consideração ao mesmo.<br />

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