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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Capítulo 6 — Dois Heróis da Idade Média<br />

O Evangelho fora implantado na Boêmia já no século IX. A Bíblia achava-se traduzida, e o culto<br />

público era celebrado na língua do povo. Mas, à medida que aumentava o poderio do papa, a Palavra<br />

de Deus se obscurecia. Gregório VII, que tomara a si o abater o orgulho dos reis, não tinha menos<br />

intenções de escravizar o povo, e de acordo com isto expediu uma bula proibindo que o culto público<br />

fosse dirigido na língua boêmia. O papa declarava ser “agradável ao Onipotente que Seu culto fosse<br />

celebrado em língua desconhecida, e que muitos males e heresias haviam surgido <strong>por</strong> não se observar<br />

esta regra.” — Wylie. Assim Roma decretava que a luz da Palavra de Deus se extinguisse e o povo<br />

fosse encerrado em trevas. O Céu havia provido outros fatores para a preservação da igreja. Muitos<br />

dos valdenses e albigenses, pela perseguição expulsos de seus lares na França, e Itália, foram à Boêmia.<br />

Posto que não ousassem ensinar abertamente, zelosos trabalhavam em segredo. Assim se preservou a<br />

verdadeira fé de século em século.<br />

Antes dos dias de Huss, houve na Boêmia homens que se levantaram para condenar abertamente<br />

a corrupção na igreja e a dissolução do povo. Seus trabalhos despertaram interesse que se estendeu<br />

largamente. Suscitaram-se os temores da hierarquia e iniciou-se a perseguição contra os discípulos do<br />

evangelho. Compelidos a fazer seu culto nas florestas e montanhas, davam-lhes caça os soldados, e<br />

muitos foram mortos. Depois de algum tempo se decretou que todos os que se afastassem do culto<br />

romano deviam ser queimados. Mas, enquanto os cristãos rendiam a vida, olhavam à frente para a<br />

vitória de sua causa. Um dos que “ensinavam que a salvação só se encontra pela fé no Salvador<br />

crucificado”, declarou ao morrer: “A fúria dos inimigos da verdade agora prevalece contra nós, mas<br />

não será para sempre; levantar-se-á um dentre o povo comum, sem espada nem autoridade, e contra<br />

ele não poderão prevalecer.” — Wylie. O tempo de Lutero estava ainda muito distante; mas já se erguia<br />

alguém, cujo testemunho contra Roma abalaria as nações.<br />

João Huss era de humilde nascimento e cedo ficou órfão pela morte do pai. Sua piedosa mãe,<br />

considerando a educação e o temor de Deus como a mais valiosa das posses, procurou assegurar esta<br />

herança para o filho. Huss estudou na escola da província, passando depois para a Universidade de<br />

Praga, onde teve admissão gratuita como estudante pobre. Foi acompanhado na viagem <strong>por</strong> sua mãe;<br />

viúva e pobre, não possuía dádivas nem riquezas mundanas para conferir ao filho; mas, aproximandose<br />

eles da grande cidade, ajoelhou-se ela ao lado do jovem sem pai, e invocou-lhe a bênção do Pai<br />

celestial. Pouco imaginara aquela mãe como deveria sua oração ser atendida.<br />

Na Universidade, Huss logo se distinguiu pela sua incansável aplicação e rápidos progressos,<br />

enquanto a vida irrepreensível e modos afáveis e simpáticos lhe conquistaram estima geral. Era sincero<br />

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