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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Augsburgo fora designada como o lugar para o processo, e o reformador partiu a pé para fazer a<br />

viagem até lá. Alimentavam-se sérios temores a seu respeito. Fizeram-se abertamente ameaças de que<br />

ele seria agarrado e assassinado no caminho, e seus amigos rogaram-lhe que se não aventurasse.<br />

Solicitaram-lhe mesmo que du- rante algum tempo saísse de Wittenberg e procurasse segurança com<br />

os que de bom grado o protegeriam. Ele, <strong>por</strong>ém, não queria deixar a posição em que Deus o colocara.<br />

Deveria continuar fielmente a manter a verdade, apesar das procelas que sobre ele se abatiam. Sua<br />

expressão era: “Sou como Jeremias, homem de lutas e contendas; mas, quanto mais aumentam suas<br />

ameaças, mais cresce a minha alegria. ... Já destruíram minha honra e reputação. Uma única coisa<br />

permanece: meu desprezível corpo; que o tomem, abreviarão assim, <strong>por</strong> algumas horas, a minha vida.<br />

Mas, quanta a minha alma, não a podem tomar. Aquele que deseja proclamar a verdade de Cristo ao<br />

mundo, deve esperar a morte a cada momento.” — D’Aubigné.<br />

As notícias da chegada de Lutero a Augsburgo deram grande satisfação ao legado papal. O<br />

perturbador herege que despertava a atenção do mundo inteiro, parecia agora em poder de Roma, e o<br />

legado decidiu que ele não escapasse. O reformador deixara de munir-se de salvo-conduto. Seus<br />

amigos insistiam em que sem ele não aparecesse perante o legado, e eles próprios se empenharam em<br />

consegui-lo do imperador. O núncio tencionava obrigar a Lutero, sendo possível, a retratar-se, ou, não<br />

conseguindo isto, fazer com que fosse levado a Roma, para participar da sorte de Huss e Jerônimo. Por<br />

conseguinte, mediante seus agentes esforçou-se <strong>por</strong> induzir Lutero a aparecer sem salvo-conduto,<br />

confiante em sua misericórdia. Isto o reformador se recusou firmemente a fazer. Antes que recebesse<br />

o documento hipotecando-lhe a proteção do imperador, não compareceu à presença do embaixador<br />

papal.<br />

Haviam decidido os romanistas, como ardiloso expediente, tentar ganhar a Lutero com aparência<br />

de amabilidade. O legado, em suas entrevistas com ele, mostrava grande amizade; mas exigia que<br />

Lutero se submetesse implicitamente à autoridade da igreja, e cedesse em todos os pontos sem<br />

argumentação ou questões. Não avaliara devidamente o caráter do homem com quem devia tratar.<br />

Lutero, em resposta, exprimiu sua consideração pela igreja, seu desejo de verdade, sua prontidão em<br />

responder a todas as objeções ao que ele havia ensinado, e em submeter suas doutrinas à decisão de<br />

algumas das principais universidades. Mas ao mesmo tempo protestava contra a maneira de agir do<br />

cardeal, exigindo-lhe retratar-se sem ter provado estar ele em erro.<br />

A única resposta foi: “Retrate-se, retrate-se!” O reformador mostrou que sua atitude era apoiada<br />

pelas Escrituras, e declarou com firmeza que não poderia renunciar à verdade. O legado, incapaz de<br />

responder ao argumento de Lutero, cumulou-o com uma tempestade de acusações, zombarias,<br />

escárnios e lisonjas, entremeados de citações da tradição e dos dizeres dos pais da igreja, sem<br />

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