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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Logo rumorejou em toda Wittenberg que Lutero voltara, e que deveria pregar. O povo<br />

congregou-se de todas as direções, e a igreja transbordou. Subindo ao púlpito, com grande sabedoria<br />

e mansidão, instruiu, exortou e reprovou. Abordando o procedimento de alguns que haviam recorrido<br />

a medidas violentas para abolir a missa, disse: “A missa é coisa má; Deus Se opõe a ela; deve ser<br />

abolida; e eu gostaria que no mundo inteiro fosse substituída pela Ceia do evangelho. Mas que ninguém<br />

seja dela arrancado pela força. Devemos deixar o caso nas mãos de Deus. Sua Palavra deve agir, e não<br />

nós. E <strong>por</strong> que assim? perguntareis. Porque eu não retenho o coração dos homens em minhas mãos,<br />

como o oleiro retém o barro. Temos o direito de falar: não temos o direito de agir. Preguemos; o resto<br />

pertence a Deus. Devesse eu empregar a força e que ganharia? Momice, formalidade, arremedos,<br />

ordenanças humanas e hipocrisia.<br />

... Mas não haveria sinceridade de coração, nem fé, nem caridade. Onde faltam estas três, falta<br />

tudo, e eu nada daria <strong>por</strong> semelhante resultado. ... Deus faz mais <strong>por</strong> Sua Palavra só, do que vós e eu<br />

e o mundo inteiro <strong>por</strong> nossa força unida. Deus Se apodera do coração, e tomando o coração, tudo está<br />

ganho. ...“Pregarei, discutirei, escreverei; mas não constrangerei a ninguém, pois a fé é ato voluntário.<br />

Vede o que fiz. Levantei-me contra o papa, seus partidários e as indulgências, mas sem violência nem<br />

tumulto. Apresentei a Palavra de Deus; preguei e escrevi — isto é tudo que fiz. E, no entanto, enquanto<br />

eu dormia, ... a Palavra que eu pregara subverteu o papado, de maneira tal que nunca um príncipe ou<br />

imperador lhe vibrou semelhante golpe. E, contudo, nada fiz; a Palavra só, fez tudo. Se eu houvesse<br />

querido apelar para a força, a<br />

Alemanha inteira teria sido talvez inundada de sangue. Mas qual seria o resultado? Ruína e<br />

desolação tanto para o corpo como para a alma. Portanto, conservei-me quieto e deixei a Palavra<br />

sozinha correr através do mundo.” — D’Aubigné.<br />

Dia após dia, durante uma semana inteira, Lutero continuou a pregar a ávidas multidões. A<br />

Palavra de Deus quebrou o encanto da excitação fanática. O poder do evangelho trouxe de novo para<br />

o caminho da verdade o povo transviado. Lutero não tinha desejo de encontrar-se com os fanáticos,<br />

cujo proceder fora a causa de tão grande mal. Sabia que eram homens de juízo deficiente e de<br />

indisciplinadas paixões, os quais conquanto pretendessem ser especialmente iluminados pelo Céu, não<br />

su<strong>por</strong>tariam a mínima contradição, ou mesmo a mais benévola reprovação ou conselho. Arrogando-se<br />

autoridade suprema, exigiam que cada um, sem qualquer questão, reconhecesse o que pretendiam.<br />

Mas, ao pedirem uma entrevista com ele, concedeu-lha; e com tanto êxito expôs as pretensões deles<br />

que os impostores de pronto partiram de Wittenberg.<br />

O fanatismo foi sustado <strong>por</strong> algum tempo; mas alguns anos mais tarde irrompeu com maior<br />

violência e mais terríveis resultados. Disse Lutero, com relação aos dirigentes desse movimento: “Para<br />

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