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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

que ameaçava de ruína a França. “Tão verdadeiramente, senhores, como eu sou o vosso rei”, disse<br />

ele, “se eu soubesse estar um dos meus próprios membros manchado ou infectado com esta detestável<br />

podridão, eu o daria para que vós o cortásseis. ... E, demais, se visse um de meus filhos contaminado<br />

<strong>por</strong> ela, não o pouparia. ... Eu mesmo o entregaria e sacrificaria a Deus.” As lágrimas abafaram-lhe as<br />

palavras, e toda a assembléia chorou, exclamando em uníssono: “Viveremos e morreremos pela<br />

religião católica!” — D’Aubigné.<br />

Terríveis se tornaram as trevas da nação que rejeitara a luz da verdade. “A graça que traz a<br />

salvação” havia aparecido; mas a França, depois de lhe contemplar o poder e santidade, depois de<br />

milhares terem sido atraídos <strong>por</strong> sua divina beleza, depois de cidades e aldeias terem sido iluminadas<br />

<strong>por</strong> seu fulgor,desviou-se,preferindo as trevas à luz. Haviam repudiado o dom celestial, quando este<br />

lhes foi oferecido. Tinham chamado ao mal bem, e ao bem mal, até serem vítimas voluntárias do<br />

próprio engano. Agora, ainda que efetivamente cressem que, perseguindo ao povo de Deus estavam<br />

fazendo a obra divina, sua sinceridade não os inocentava. A luz que os teria salvo do engano, da<br />

mancha de sua alma pelo crime de sangue, haviam-na voluntariamente rejeitado.<br />

Um juramento solene para extirpar a heresia foi feito na grande catedral, onde, quase três séculos<br />

mais tarde, a “Deusa da Razão” deveria ser entronizada <strong>por</strong> uma nação que se tinha esquecido do Deus<br />

vivo. Novamente se formou a procissão, e os representantes da França aprestaram-se a iniciar a obra<br />

que haviam jurado fazer. “A pequenas distâncias haviam-se erigido cadafalsos, nos quais certos<br />

cristãos protestantes deveriam ser queimados vivos, e arranjaram para que as fogueiras fossem acesas<br />

no momento em que o rei se aproximasse e a procissão fizesse alto para testemunhar a execução.” —<br />

Wylie. As minúcias das torturas su<strong>por</strong>tadas <strong>por</strong> aquelas testemunhas de Cristo são demasiado<br />

dilacerantes para serem descritas; não houve, <strong>por</strong>ém, vacilação <strong>por</strong> parte das vítimas. Exigindo-se-lhes<br />

retratar-se, um respondeu: “Creio unicamente no que os profetas e apóstolos anteriormente pregaram,<br />

e no que creu toda a multidão dos santos. Minha fé tem uma confiança em Deus que resistirá a todos<br />

os poderes do inferno.” — História da Reforma no Tempo de Calvino, D’Aubigné.<br />

Repetidas vezes a procissão fazia alto nos lugares de tortura. Atingindo o seu ponto de partida,<br />

no palácio real, a multidão dispersou-se, e o rei e os prelados retiraram-se, satisfeitos com as<br />

realizações do dia, e exprimindo o desejo de que a obra, ora iniciada, continuasse até à completa<br />

destruição da heresia. O evangelho da paz que a França rejeitara havia de ser efetivamente<br />

desarraigado, e terríveis seriam os resultados. No dia 21 de janeiro de 1793, a duzentos e cinqüenta e<br />

oito anos do próprio dia em que a França se entregara inteiramente à perseguição dos reformadores,<br />

passou pelas ruas de Paris outra procissão, com um intuito muito diferente. “De novo era o rei a figura<br />

principal; novamente havia tumultos e aclamações; repetiu-se o clamor pedindo mais vítimas;<br />

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