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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

“São as tradições dos homens mais dignas de fé do que o evangelho de nosso Salvador?” replicou<br />

Jerônimo. “Paulo não exortou aqueles a quem escreveu, a escutarem as tradições dos homens, mas<br />

disse: ‘Esquadrinhai as Escrituras.’”<br />

“Herege!” foi a resposta; “arrependo-me de ter-me empenhado tanto tempo contigo. Vejo que és<br />

impulsionado pelo diabo.” — Wylie.<br />

Sem demora se proferiu sentença de morte contra ele. Foi levado ao mesmo local em que Huss<br />

rendera a vida. Cantando fez ele esse trajeto, tendo iluminado o semblante de alegria e paz. Seu olhar<br />

fixava-se em Cristo, e a morte para ele havia perdido o terror. Quando o carrasco, estando para acender<br />

a fogueira, passou <strong>por</strong> trás dele, o mártir exclamou: “Venha com ousadia para a frente; ponha fogo à<br />

minha vista. Se eu tivesse medo, não estaria aqui.” Suas últimas palavras, proferidas quando as chamas<br />

se levantavam em redor dele, foram uma oração. “Senhor, Pai todo-poderoso”, exclamou, “tem<br />

piedade de mim e perdoa meus pecados; pois sabes que sempre amei Tua verdade.” — Bonnechose.<br />

Sua voz cessou, mas os lábios continuaram a mover-se em oração. Tendo o fogo efetuado a sua obra,<br />

as cinzas do mártir, com a terra sobre a qual repousavam, foram reunidas e, como as de Huss, lançadas<br />

no Reno.<br />

Assim pereceram os fiéis <strong>por</strong>ta-luzes de Deus. Mas a luz das verdades que proclamaram — luz<br />

de seu exemplo heróico — não se havia de extinguir. Tanto poderiam os homens tentar desviar o Sol<br />

de seu curso como impedir o raiar daquele dia que mesmo então despontava sobre o mundo.<br />

A execução de Huss acendera uma chama de indignação e horror na Boêmia. A nação inteira<br />

compreendia haver ele tombado vítima da perfídia dos padres e traição do imperador. Declarou-se ter<br />

sido ele um fiel ensinador da verdade, e o concílio que decretou sua morte foi acusado de crime de<br />

assassínio. Suas doutrinas atraíam agora maior atenção do que nunca dantes. Pelos editos papais, os<br />

escritos de Wycliffe tinham sido condenados às chamas. Aqueles, <strong>por</strong>ém, que haviam escapado da<br />

destruição, foram agora tirados dos esconderijos e estudados em conexão com a Bíblia, ou partes dela<br />

que o povo podia adquirir; e muitos assim foram levados a aceitar a fé reformada.<br />

Os assassinos de Huss não permaneceram silenciosos a testemunhar o triunfo que alcançava a<br />

causa do reformador. O papa e o imperador uniram-se para aniquilar o movimento, e os exércitos de<br />

Sigismundo foram lançados contra a Boêmia. Surgiu, <strong>por</strong>ém, um libertador. Zisca, que logo depois do<br />

início da guerra ficou completamente cego, e que no entanto era um dos mais hábeis generais de seu<br />

tempo, foi o chefe dos boêmios. Confiando no auxílio de Deus e na justiça de sua causa, aquele povo<br />

resistiu aos mais poderosos exércitos que contra eles se poderiam levar. Reiteradas vezes, o imperador,<br />

organizando novos exércitos, invadiu a Boêmia, apenas para ser vergonhosamente repelido. Os<br />

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