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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Francisco I tinha-se gloriado de ser o dirigente no grande movimento em prol do renascimento<br />

do saber que assinalou o início do século XVI. Deleitara-se em reunir em sua corte homens de letras<br />

de todos os países. A seu amor ao saber e a seu desprezo pela ignorância e superstição dos monges<br />

deveu-se, em parte ao menos, o grau de tolerância que fora concedido à Reforma. Mas, inspirado pelo<br />

zelo de suprimir a heresia, este patrono do saber promulgou um edito declarando abolida a imprensa<br />

em toda a França! Francisco I apresenta um exemplo entre muitos registrados, os quais mostram que<br />

a cultura intelectual não é salvaguarda contra a intolerância e perseguição religiosas.<br />

A França, mediante cerimônia solene e pública, deveria entregarse completamente à destruição<br />

do protestantismo. Os padres exigiram que a afronta feita aos altos Céus, com a condenação da missa,<br />

fosse expiada com sangue, e que o rei, em favor de seu povo, desse publicamente sua sanção à medonha<br />

obra. O dia 21 de janeiro de 1535 foi marcado para a terrível cerimônia. Haviam sido suscitados os<br />

supersticiosos temores e ódio fanático da nação inteira. Paris estava repleta de multidões que, de todos<br />

os territórios circunjacentes enchiam suas ruas. Deveria iniciar-se o dia <strong>por</strong> meio de uma vasta e<br />

imponente procissão. “Das casas ao longo do itinerário pendiam panos de luto, e erguiam-se altares a<br />

intervalos.”<br />

Diante de cada <strong>por</strong>ta havia uma tocha acesa em honra ao “santo sacramento.” Antes de raiar o<br />

dia formou-se a procissão, no palácio do rei. “Primeiramente vinham as bandeiras e cruzes das várias<br />

paróquias; a seguir apareciam os cidadãos, caminhando dois a dois, e levando tochas.” Vinham então<br />

as quatro ordens de frades cada qual em seus trajes peculiares. Seguia vasta coleção de famosas<br />

relíquias. Após, cavalgavam senhorilmente eclesiásticos em suas vestes de púrpura e escarlate, e com<br />

adornos de jóias — uma exibição magnífica e resplandecente.<br />

“A hóstia era levada pelo bispo de Paris, sob magnificente pálio, ... carregado <strong>por</strong> quatro<br />

príncipes de sangue. ... Em seguida à hóstia caminhava o rei. ... Francisco I, naquele dia, não levava<br />

coroa, nem vestes de Estado.” Com a “cabeça descoberta, olhos fixos no chão, na mão um círio aceso”,<br />

o rei da França aparecia “em caráter de penitente.” — Wylie. Em cada altar ele se curvava em<br />

humilhação, não pelos vícios que lhe aviltavam a alma, nem pelo sangue inocente que lhe manchava<br />

as mãos, mas pelo pecado mortal de seus súditos que tinham ousado condenar a missa. Seguindo-se a<br />

ele vinham a rainha e os dignitários do Estado caminhando também dois a dois, cada um com uma<br />

tocha acesa.<br />

Como parte das cerimônias do dia, o próprio monarca discursou aos altos oficiais do reino no<br />

grande salão do palácio do bispo. Com semblante triste apareceu perante eles, e com palavras de<br />

eloqüência comovedora deplorou “o crime, a blasfêmia o tempo de tristeza e desgraça”, que<br />

sobrevieram à nação. E apelou para todo súdito leal a que auxiliasse na extirpação da pestilente heresia<br />

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