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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

adepto da igreja de Roma, e fervorosamente buscava as bênçãos espirituais que ela professa conferir.<br />

Na ocasião de um jubileu, foi à confissão, pagou as últimas poucas moedas de seus minguados<br />

recursos, e tomou parte nas procissões, a fim de poder participar da absolvição prometida. Depois de<br />

completar o curso colegial, entrou para o sacerdócio e, atingindo rapidamente à eminência, foi logo<br />

chamado à corte do rei. Tornou-se também professor e mais tarde reitor da Universidade em que<br />

recebera educação. Em poucos anos o humilde estudante, que de favor se educara, tornou-se o orgulho<br />

de seu país e seu nome teve fama em toda a Europa.<br />

Foi, <strong>por</strong>ém, em outro campo que Huss começou a obra da reforma. Vários anos após haver<br />

recebido a ordenação sacerdotal, foi nomeado pregador da capela de Belém. O fundador desta capela<br />

defendera, como assunto de grande im<strong>por</strong>tância, a pregação das Escrituras na língua do povo. Apesar<br />

da oposição de Roma a esta prática, ela não se interrompeu completamente na Boêmia. Havia, <strong>por</strong>ém,<br />

grande ignorância das Escrituras, e os piores vícios prevaleciam entre o povo de todas as classes. Estes<br />

males Huss denunciou largamente, apelando para a Palavra de Deus a fim de encarecer os princípios<br />

da verdade e pureza <strong>por</strong> ele pregados.<br />

Um cidadão de Praga, Jerônimo, que depois se tornou intimamente ligado a Huss, trouxera<br />

consigo, ao voltar da Inglaterra, os escritos de Wycliffe. A rainha da Inglaterra, que se convertera aos<br />

ensinos de Wycliffe, era uma princesa boêmia, e <strong>por</strong> sua influência as obras do reformador foram<br />

também amplamente divulgadas em seu país natal. Estas obras lera-as Huss com interesse; cria que<br />

seu autor era cristão sincero e inclinava-se a considerar favoravelmente as reformas que advogava.<br />

Huss, conquanto não o soubesse, entrara já em caminho que o levaria longe de Roma.<br />

Por esse tempo chegaram a Praga dois estrangeiros da Inglaterra, homens de saber, que tinham<br />

recebido a luz, e haviam chegado para espalhá-la naquela terra distante. Começando com um ataque<br />

aberto à supremacia do papa, foram logo pelas autoridades levados a silenciar; mas, não estando<br />

dispostos a abandonar seu propósito, recorreram a outras medidas. Sendo artistas, bem como<br />

pregadores, prosseguiam pondo em prática a sua habilidade. Em local franqueado ao público pintaram<br />

dois quadros. Um representava a entrada de Cristo em Jerusalém, “manso, e assentado sobre uma<br />

jumenta” (Mateus 21:5), e seguido de Seus discípulos, descalços e com trajes gastos pelas viagens. O<br />

outro estampava uma procissão pontifical: o papa adornado com ricas vestes e tríplice coroa, montando<br />

cavalo, magnificamente adornado, precedido de trombeteiros, e seguido pelos cardeais e prelados em<br />

deslumbrante pompa.<br />

Ali estava um sermão que prendeu a atenção de todas as classes. Multidões vieram contemplar<br />

os desenhos. Ninguém deixara de compreender a moral, e muitos ficaram profundamente<br />

impressionados pelo contraste entre a mansidão e humildade de Cristo, o Mestre, e o orgulho e<br />

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