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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Assim pela segunda vez, vasto exército, enviado pelas mais poderosas nações da Europa, uma<br />

hoste de homens bravos e aguerridos, treinados e equipados para a batalha, fugiu, sem dar um golpe,<br />

de diante dos defensores de uma nação pequena e, até ali, fraca. Havia nisso uma manifestação do<br />

poder divino. Os invasores foram tomados de pavor sobrenatural. Aquele que derrotou os exércitos de<br />

Faraó no Mar Vermelho, que pôs em fuga os exércitos de Midiã diante de Gideão e seus trezentos, que<br />

numa noite derribou as forças do orgulhoso assírio, de novo estendera a mão para debilitar o poder do<br />

opressor. “Eis que se acharam em grande temor, onde temor não havia, <strong>por</strong>que Deus espalhou os ossos<br />

daquele que te cercava; tu os confundiste, <strong>por</strong>que Deus os rejeitou.” Salmos 53:5.<br />

Os líderes papais, perdendo a esperança de vencer pela força, recorreram finalmente à<br />

diplomacia. Adotou-se um compromisso mútuo que, se bem que pretendesse conceder liberdade de<br />

consciência aos boêmios, realmente, traindo-os, entregava-os ao poder de Roma. Os boêmios tinham<br />

especificado quatro pontos como condições de paz com Roma: pregação livre da Bíblia; o direito da<br />

igreja toda, tanto ao pão como ao vinho na comunhão, e o uso da língua materna no culto divino; a<br />

exclusão do clero de todos os ofícios e autoridades seculares; e nos casos de crime, a jurisdição das<br />

cortes civis tanto para o clero como para os leigos. As autoridades papais finalmente “concordaram<br />

em que os quatro artigos dos hussitas deveriam ser aceitos, mas que o direito de os explicar, isto é, de<br />

determinar sua significação exata, deveria pertencer ao concílio ou, em outras palavras, ao papa e ao<br />

imperador.” — Wylie. Nesta base, fez-se um tratado, e Roma ganhou, pela dissimulação e fraude, o<br />

que não tinha conseguido pelo conflito; pois, dando sua própria interpretação aos artigos hussitas,<br />

como à Escritura Sagrada, ela poderia perverter-lhes o sentido de modo a convir a seus propósitos.<br />

Uma classe numerosa na Boêmia, vendo que isto traía sua liberdade, não se conformou com o<br />

tratado. Surgiram dissensões e divisões, que levaram à contenda e derramamento de sangue entre eles<br />

mesmos. Nesta luta o nobre Procópio sucumbiu, e pereceu a liberdade da Boêmia. Sigismundo, traidor<br />

de Huss e Jerônimo, tornou-se agora rei da Boêmia, e sem consideração para com o seu juramento de<br />

apoiar os direitos dos boêmios, prosseguiu com o estabelecimento do papado. Ele, <strong>por</strong>ém, pouco<br />

ganhara com sua subserviência a Roma. Durante vinte anos sua vida estivera repleta de trabalhos e<br />

perigos. Seus exércitos tinham sido arruinados, e esgotados os seus tesouros <strong>por</strong> uma longa e infrutífera<br />

luta,e agora,depois de reinar um ano,morreu, deixando seu reino às bordas da guerra civil e legando à<br />

posteridade um nome estigmatizado com a infâmia.<br />

Seguiram-se tumultos, contendas e carnificina. Exércitos estrangeiros invadiram de novo a<br />

Boêmia, e dissensões internas continuaram a perturbar a nação. Aqueles que permaneceram fiéis ao<br />

evangelho, foram sujeitos a uma perseguição sanguinolenta. Como seus irmãos de outrora, entrando<br />

em pacto com Roma, houvessem aceito seus erros, os que permaneciam na antiga fé formaram-se em<br />

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