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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Escritura era lida e explicada. Ali, pela primeira vez, foi pelos protestantes da França celebrada a Ceia<br />

do Senhor. Dessa pequena igreja foram enviados vários fiéis evangelistas.<br />

Mais uma vez Calvino voltou a Paris. Mesmo então não podia abandonar a esperança de que a<br />

França, como nação, aceitasse a Reforma. Encontrou, <strong>por</strong>ém, fechadas para o trabalho quase todas as<br />

<strong>por</strong>tas. Ensinar o evangelho era tomar o caminho direto para a fogueira, e finalmente resolveu partir<br />

para a Alemanha. Apenas deixara a França, quando irrompeu sobre os protestantes uma tempestade<br />

que certamente o teria envolvido na ruína geral, caso houvesse ele permanecido.<br />

Os reformadores franceses, ansiosos <strong>por</strong> ver seu país acompanhar a Alemanha e a Suíça,<br />

decidiram-se a desferir contra a superstição de Roma um golpe audaz, que despertaria a nação inteira.<br />

De conformidade com isto, em uma noite foram afixados, <strong>por</strong> toda a França, cartazes que atacavam a<br />

missa. Em vez de promover a Reforma, este movimento zeloso, mas mal-interpretado, acarretou ruína,<br />

não somente para seus propagadores, mas também para os amigos da fé reformada na França inteira.<br />

Deu aos romanistas o que havia muito desejavam — um pretexto para pedirem a destruição completa<br />

dos hereges como agitadores perigosos à estabilidade do trono e da paz da nação.<br />

Por alguma mão secreta — se a de um amigo imprudente, ou a de um ardiloso adversário, nunca<br />

se soube — um dos cartazes foi colocado à <strong>por</strong>ta do quarto particular do rei. O monarca encheu-se de<br />

horror. Naquele papel eram atacadas sem reservas superstições que haviam recebido a veneração dos<br />

séculos. E a audácia, sem precedentes, de introduzir à presença real estas afirmações claras e<br />

surpreendentes, suscitou a ira do rei. Em espanto ficou ele <strong>por</strong> um pouco de tempo a tremer e com a<br />

voz embargada. Então sua raiva encontrou expressão nestas terríveis palavras: “Sejam sem distinção<br />

agarrados todos os que são suspeitos de luteranismo. Exterminálos-ei a todos.” Estava lançada a sorte.<br />

O rei se decidira a pôr-se completamente do lado de Roma.<br />

De pronto foram tomadas medidas para a prisão de todos os luteranos em Paris. Um pobre<br />

artífice, adepto da fé reformada, que se havia acostumado a convocar os crentes para as suas<br />

assembléias secretas, foi agarrado e, sob a ameaça de morte instantânea na fogueira, ordenou-se-lhe<br />

conduzir o emissário papal à casa de todos os protestantes na cidade. Ele estremeceu de horror ante a<br />

vil proposta, mas finalmente o medo das chamas prevaleceu, e concordou em se fazer traidor dos<br />

irmãos. Precedido da hóstia, e rodeado de um séquito de padres, incensadores, monges e soldados,<br />

Morin, agente policial do rei, com o traidor, vagarosa e silenciosamente passaram pelas ruas da cidade.<br />

Aquela demonstração era ostensivamente em honra ao “santo sacramento”, um ato de expiação pelo<br />

insulto feito pelos protestantes à missa. Mas, <strong>por</strong> sob aquele espetáculo escondiase um propósito<br />

mortal. Chegado defronte da casa de um luterano, o traidor fazia um sinal, mas nenhuma palavra era<br />

proferida. O cortejo fazia alto, entravam na casa, a família era arrastada e acorrentada, e o terrível<br />

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