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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

A cidade já se havia declarado pela Reforma, quando Calvino, depois de vagueações e<br />

vicissitudes várias, entrou <strong>por</strong> suas <strong>por</strong>tas. Voltando de sua última visita à terra natal, estava a caminho<br />

de Basiléia, quando, encontrando a estrada direta ocupada pelos exércitos de Carlos V, foi obrigado a<br />

tomar um desvio <strong>por</strong> Genebra. Nessa visita Farel reconheceu a mão de Deus. Posto que Genebra<br />

houvesse aceitado a fé reformada, precisava ainda ser ali efetuada uma grande obra. Não é em grupos<br />

mas como indivíduos que os homens se convertem a Deus. A obra de regeneração deve ser realizada<br />

no coração e consciência, pelo poder do Espírito Santo, e não pelos decretos dos concílios. Ao passo<br />

que o povo de Genebra repelia a autoridade de Roma, não se mostrava tão pronto para renunciar aos<br />

vícios que haviam florescido sob o seu domínio. Estabelecer ali os puros princípios do evangelho, e<br />

preparar esse povo para preencher dignamente a posição a que a Providência parecia chamá-los, não<br />

era fácil tarefa.<br />

Farel confiava em que houvesse encontrado em Calvino a pessoa que o pudesse assistir naquela<br />

obra. Em nome de Deus conjurou solenemente o jovem evangelista a que ficasse e ali trabalhasse.<br />

Calvino recuou, alarmado. Tímido e amante da paz, arreceava-se do contato com o espírito ousado,<br />

independente e mesmo violento daquele filho de Genebra. Sua debilidade de saúde juntamente com<br />

seus hábitos de estudo, levaram-no a procurar o retiro. Crendo que pela pena melhor poderia servir a<br />

causa da reforma, desejou encontrar um silencioso retiro para o estudo, e ali, pela imprensa, instruir e<br />

edificar as igrejas. A exortação solene de Farel veio-lhe, <strong>por</strong>ém, como um chamado do Céu, e não<br />

ousou recusar-se. Parecia-lhe, disse ele, “que a mão de Deus estivesse estendida do Céu, tomando-o e<br />

fixando-o irrevogavelmente no lugar que ele estava tão o impaciente <strong>por</strong> deixar.” — História da<br />

Reforma no Tempo de Calvino, D’Aubigné.<br />

Por aquele tempo grandes perigos cercavam a causa protestante. Os anátemas do papa<br />

trovejavam contra Genebra, e poderosas nações ameaçavam-na de destruição. Como poderia esta<br />

pequena cidade resistir à potente hierarquia que tantas vezes obrigara reis e imperadores à submissão?<br />

Como poderia ela enfrentar os exércitos dos grandes vencedores do mundo? Em toda a cristandade o<br />

protestantismo estava ameaçado <strong>por</strong> temíveis adversários. Passados os primeiros triunfos da Reforma,<br />

Roma convocou novas forças, esperando ultimar sua destruição. Nesse tempo fora criada a ordem dos<br />

jesuítas — o mais cruel, sem escrúpulos e poderoso de todos os defensores do papado. Separados de<br />

laços terrestres e interesses humanos, insensíveis às exigências das afeições naturais, tendo<br />

inteiramente silenciadas a razão e a consciência, não conheciam regras nem restrições, além das da<br />

própria ordem, e nenhum dever, a não ser o de estender o seu poderio. O evangelho de Cristo havia<br />

habilitado seus adeptos a enfrentar o perigo e su<strong>por</strong>tar sem desfalecer o sofrimento, pelo frio, fome,<br />

labutas e pobreza, a fim de desfraldar a bandeira da verdade, em face do instrumento de tortura, do<br />

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