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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

dessa maneira. Foi para conservá-lo sob o domínio do papado, a fim de aumentar o poderio e riqueza<br />

de seus ambiciosos dirigentes, que a Bíblia fora dele retirada. (Ver História Eclesiástica, de Gieseler.)<br />

Ao entrar Tetzel numa cidade, um mensageiro ia adiante dele, anunciando: “A graça de Deus e<br />

do santo padre está às vossas <strong>por</strong>tas!” — D’Aubigné. E o povo recebia o pretensioso blasfemo como<br />

se fosse o próprio Deus a eles descido do Céu. O infame tráfico era estabelecido na igreja, e Tetzel,<br />

subindo ao púlpito, exaltava as indulgências como o mais precioso dom de Deus. Declarava que em<br />

virtude de seus certificados de perdão, todos os pecados que o comprador mais tarde quisesse cometer<br />

ser-lheiam perdoados, e que “mesmo o arrependimento não é necessário.” — D’Aubigné. Mais do que<br />

isto, assegurava aos ouvintes que as indulgências tinham poder para salvar não somente os vivos mas<br />

também os mortos; que, no mesmo instante em que o dinheiro tinia de encontro ao fundo de sua caixa,<br />

a alma em cujo favor era pago escaparia do purgatório, ingressando no Céu. — História da Reforma,<br />

de Hagenbach.<br />

Quando Simão, o mago, propôs comprar dos apóstolos o poder de operar milagres, Pedro lhe<br />

respondeu: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança <strong>por</strong><br />

dinheiro.” Atos 8:20. A oferta de Tetzel, <strong>por</strong>ém, foi aceita <strong>por</strong> ávidos milhares. Ouro e prata eram<br />

canalizados para o seu tesouro. Uma salvação que se poderia comprar com dinheiro obtinha-se mais<br />

facilmente do que a que exige o arrependimento, fé e esforço diligente para resistir ao pecado e vencêlo.<br />

À doutrina das indulgências tinham-se oposto homens de saber e piedade da Igreja Romana, e<br />

muitos havia que não tinham fé em pretensões tão contrárias tanto à razão como à revelação. Nenhum<br />

prelado ousou erguer a voz contra este iníquo comércio; mas o espírito dos homens estava-se tornando<br />

perturbado e desassossegado, e muitos com avidez inquiriam se Deus não operaria mediante algum<br />

instrumento a purificação de Sua igreja.<br />

Lutero, conquanto ainda católico romano da mais estrita classe, encheu-se de horror ante as<br />

blasfemas declarações dos traficantes das indulgências. Muitos de sua própria congregação haviam<br />

comprado certidões de perdão, e logo começaram a dirigir-se a seu pastor, confessando seus vários<br />

pecados e esperando absolvição, não <strong>por</strong>que estivessem arrependidos e desejassem corrigir-se, mas<br />

sob o fundamento da indulgência. Lutero recusou-lhes a absolvição, advertindo-os de que, a menos<br />

que se arrependessem e reformassem a vida, haveriam de perecer em seus pecados. Com grande<br />

perplexidade voltaram a Tetzel, queixando-se de que seu confessor recusara-lhes o certificado; e<br />

alguns ousadamente exigiram que se lhes restituísse o dinheiro. O frade encheu-se de cólera. Proferiu<br />

as mais terríveis maldições, fez com que se ascendessem fogos nas praças públicas, e declarou haver<br />

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