07.10.2016 Views

O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Novamente os chefes papais conspiraram para fazer silenciar a voz do reformador. Perante três<br />

tribunais foi ele sucessivamente chamado a juízo, mas sem proveito. Primeiramente um sínodo de<br />

bispos declarou heréticos os seus escritos e, ganhando o jovem rei Ricardo II para o seu lado, obtiveram<br />

um decreto real sentenciando à prisão todos os que professassem as doutrinas condenadas.<br />

Wycliffe apelou do sínodo para o Parlamento; destemidamente acusou a hierarquia perante o<br />

conselho nacional e pediu uma reforma dos enormes abusos sancionados pela igreja. Com poder<br />

convincente, descreveu as usurpações e corrupções da sé papal. Seus inimigos ficaram confusos. Os<br />

que eram amigos de Wycliffe e o apoiavam, tinham sido obrigados a ceder, e houvera a confiante expectativa<br />

de que o próprio reformador, em sua avançada idade, só e sem amigos, curvar-se-ia ante a<br />

autoridade combinada da coroa e da tiara. Mas, em vez disso, os adeptos de Roma viram-se derrotados.<br />

O Parlamento, despertado pelos estimuladores apelos de Wycliffe, repeliu o edito perseguidor e o<br />

reformador foi novamente posto em liberdade.<br />

Pela terceira vez foi ele chamado a julgamento, e agora perante o mais elevado tribunal<br />

eclesiástico do reino. Ali não se mostraria favor algum para com a heresia. Ali, finalmente, Roma<br />

triunfaria e a obra do reformador seria detida. Assim pensavam os romanistas. Se tão-somente<br />

cumprissem seu propósito, Wycliffe seria obrigado a renunciar suas doutrinas, ou sairia da corte<br />

diretamente para as chamas.<br />

Wycliffe, <strong>por</strong>ém, não se retratou; não usou de dissimulação. Destemidamente sustentou seus<br />

ensinos e repeliu as acusações de seus perseguidores. Perdendo de vista a si próprio, sua posição e o<br />

momento, citou os ouvintes perante o tribunal divino, e pesou seus sofismas e enganos na balança da<br />

verdade eterna. Sentiu-se o poder do Espírito Santo na sala do concílio. Os ouvintes ficaram como que<br />

fascinados. Pareciam não ter forças para deixar o local. Como setas da aljava do Senhor, as palavras<br />

do reformador penetravam-lhes a alma. A acusação da heresia que contra ele haviam formulado, com<br />

poder convincente reverteu contra eles mesmos. Por que, perguntava ele, ousavam espalhar seus erros?<br />

Por amor do lucro, para da graça de Deus fazerem mercadoria?<br />

“Com quem”, disse finalmente, “julgais estar a contender? com um ancião às bordas da<br />

sepultura? Não! com a Verdade — Verdade que é mais forte do que vós, e vos vencerá.” — Wylie.<br />

Assim dizendo, retirou-se da assembléia e nenhum de seus adversários tentou impedi-lo. A obra de<br />

Wycliffe estava quase terminada; a bandeira da verdade que durante tanto tempo empunhara, logo lhe<br />

deveria cair da mão; mas, uma vez mais, deveria ele dar testemunho do evangelho. A verdade devia<br />

ser proclamada do próprio reduto do reino do erro. Wycliffe foi chamado a julgamento perante o<br />

tribunal papal em Roma, o qual tantas vezes derramara o sangue dos santos. Não ignorava o perigo<br />

que o ameaçava; contudo, teria atendido à chamada se um ataque de paralisia lhe não houvesse tornado<br />

55

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!