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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

alegria, reconhecendo nelas a voz de Deus. Pressentiam que o Senhor graciosamente estendera a mão<br />

para deter a maré de corrupção que crescia rapidamente e que promanava da Sé de Roma. Príncipes e<br />

magistrados secretamente se regozijavam de que estava para ser posto um paradeiro ao arrogante poder<br />

que negava o direito de apelar contra suas decisões.<br />

As multidões, supersticiosas e amantes do pecado, ficaram aterrorizadas quando se varreram os<br />

sofismas que lhes acalmavam os temores. Ardilosos eclesiásticos, interrompidos em sua obra de<br />

sancionar o crime, e vendo perigar seus lucros, encolerizaram-se e se arregimentaram para sustentar<br />

suas pretensões. O reformador teve atrozes acusadores a defrontar. Alguns o acusavam de agir<br />

precipitadamente e <strong>por</strong> impulso. Outros, de ser presunçoso, declarando mais que ele não era dirigido<br />

<strong>por</strong> Deus, mas que atuava <strong>por</strong> orgulho e ardor. “Quem é que não sabe”, respondia ele, “que raramente<br />

um homem apresenta uma idéia nova, sem que tenha alguma aparência de orgulho, e seja acusado de<br />

excitar rixas? ... Por que foram mortos Cristo e todos os mártires? Porque pareciam ser orgulhosos<br />

desprezadores da sabedoria de seu tempo, e <strong>por</strong>que apresentavam idéias novas sem ter primeiro<br />

humildemente tomado conselho com os oráculos das antigas opiniões.”<br />

Declarou mais: “O que quer que eu faça, não será feito pela prudência do homem, mas pelo<br />

conselho de Deus. Se a obra for de Deus, quem a poderá deter? se não, quem a poderá promover? Nem<br />

minha vontade, nem a deles, nem a nossa; mas a Tua vontade, ó santo Pai, que estás no Céu.” —<br />

D’Aubigné.<br />

Posto que Lutero tivesse sido movido pelo Espírito de Deus para iniciar sua obra, não a deveria<br />

ele levar avante sem severos conflitos. As acusações dos inimigos, a difamação de seus propósitos e<br />

os injustos e maldosos reparos acerca de seu caráter e intuitos, sobrevieram-lhe como um dilúvio<br />

avassalador; e não ficaram sem efeito. Ele confiara em que os dirigentes do povo, tanto na igreja como<br />

nas escolas, se lhe uniriam alegremente nos esforços em favor da Reforma. Palavras de animação <strong>por</strong><br />

parte dos que se achavam em elevadas posições, haviam-lhe inspirado alegria e esperança. Já, em<br />

antecipação, vira ele um dia mais radiante despontar para a igreja. Mas a animação tinha-se<br />

transformado em censuras e condenações.<br />

Muitos dignitários, tanto da Igreja como do Estado, estavam convictos da verdade de suas teses;<br />

mas logo viram que a aceitação dessas verdades implicaria grandes mudanças. Esclarecer e reformar<br />

o povo corresponderia virtualmente a minar a autoridade de Roma, sustar milhares de torrentes que<br />

ora fluíam para o seu tesouro e, assim, grandemente cercear a extravagância e luxo dos chefes papais.<br />

Demais, ensinar o povo a pensar e agir como seres responsáveis, buscando apenas de Cristo a salvação,<br />

subverteria o trono do pontífice, destruindo finalmente sua própria autoridade. Por esta razão<br />

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