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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Quando o legado percebeu o efeito produzido pelo discurso de Lutero, como nunca dantes temeu<br />

pela segurança do poderio romano e resolveu empregar todos os meios a seu alcance, para levar a<br />

termo a derrota do reformador. Com toda a eloqüência e perícia diplomática, pelas quais tanto se<br />

distinguia, apresentou ao jovem imperador a loucura e perigo de sacrificar, pela causa de um monge<br />

desprezível, a amizade e apoio da poderosa Sé de Roma.<br />

Suas palavras não foram destituídas de efeito. No dia que se seguiu à resposta de Lutero, Carlos<br />

fez com que fosse apresentada uma mensagem à Dieta, anunciando sua resolução de prosseguir com a<br />

política de seus predecessores, mantendo e protegendo a religião católica. Visto que Lutero se recusara<br />

a renunciar a seus erros, seriam empregadas as mais rigorosas medidas contra ele e contra as heresias<br />

que ensinava. “Um simples monge, transviado <strong>por</strong> sua própria loucura, levantou-se contra a fé da<br />

cristandade. Para deter tal impiedade, sacrificarei meus reinos, meus tesouros, meus<br />

amigos, meu corpo, meu sangue, minha alma e minha vida. Estou para despedir o agostiniano<br />

Lutero, proibindo-lhe causar a menor desordem entre o povo; procederei então contra ele e seus<br />

adeptos como hereges contumazes, pela excomunhão, pelo interdito e <strong>por</strong> todos os meios calculados<br />

para destruí-los. Apelo para os membros dos Estados a que se <strong>por</strong>tem como fiéis cristãos.” —<br />

D’Aubigné. Não obstante, o imperador declarou que o salvo conduto de Lutero deveria ser respeitado,<br />

e que, antes de se poder instituir qualquer processo contra ele, deveria ser-lhe permitido chegar a casa<br />

em segurança.<br />

Insistiam agora os membros da Dieta em duas opiniões contrárias. Os emissários e representantes<br />

do papa, de novo pediam que o salvo-conduto do reformador fosse desrespeitado. “O Reno”, diziam<br />

eles, “deveria receber suas cinzas, como recebeu as de João Huss, há um século.” — D’Aubigné.<br />

Príncipes alemães, <strong>por</strong>ém, conquanto fossem eles próprios romanistas e inimigos declarados de Lutero,<br />

protestavam contra tal brecha da pública fé, como uma nódoa sobre a honra da nação. Apontavam para<br />

as calamidades que se seguiram à morte de Huss e declaravam que não ousavam atrair sobre a<br />

Alemanha e sobre a cabeça de seu jovem imperador, a repetição daqueles terríveis males.<br />

O próprio Carlos, respondendo à vil proposta, disse: “Embora fossem a honra e a fé banidas do<br />

mundo todo, deveriam encontrar um refúgio no coração dos príncipes.” — D’Aubigné. Houve ainda<br />

insistência <strong>por</strong> parte dos mais encarniçados inimigos papais de Lutero, a fim de tratar o reformador<br />

como Sigismundo fizera com Huss — abandonando-o à mercê da igreja; mas lembrando-se da cena<br />

em que Huss, em assembléia pública, apontara a suas cadeias e lembrara ao monarca a sua fé<br />

empenhada, Carlos V declarou: “Eu não gostaria de corar como Sigismundo.” — (Ver História do<br />

Concílio de Constança, de Lenfant.)<br />

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