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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

empenhadas em defendê-lo. Durante o longo processo manteve firmemente a verdade, e na presença<br />

dos dignitários da Igreja e Estado, em assembléia, proferiu solene e fiel protesto contra as corrupções<br />

da hierarquia. Quando se lhe exigiu optar entre o renunciar suas doutrinas ou sofrer a morte, aceitou a<br />

sorte de mártir.<br />

Susteve-o a graça de Deus. Durante as semanas de sofrimento <strong>por</strong> que passou antes de sua<br />

sentença final, a paz do Céu encheu-lhe a alma. “Escrevo esta carta”, dizia a um amigo, “na prisão e<br />

com as mãos algemadas, esperando a sentença de morte amanhã. ... Quando com o auxílio de Jesus<br />

Cristo, de novo nos encontrarmos na deliciosa paz da vida futura, sabereis quão misericordioso Deus<br />

Se mostrou para comigo, quão eficazmente me sustentou em meio de tentações e provas.” —<br />

Bonnechose.<br />

Na escuridão da masmorra previa o triunfo que teria a verdadeira fé. Volvendo em sonhos à<br />

capela de Praga, onde pregara o evangelho, viu o papa e seus bispos apagando as pinturas de Cristo<br />

que desenhara nas paredes. “Esta visão angustiou-o; mas no dia seguinte viu muitos pintores ocupados<br />

na restauração dessas figuras em maior número e cores mais vivas. Concluída que foi a tarefa dos<br />

pintores, que estavam rodeados de imensa multidão, exclamaram: ‘Venham agora os papas e os bispos;<br />

nunca mais as apagarão!’” Disse o reformador ao relatar o sonho: “Tenho isto como certo, que a<br />

imagem de Cristo nunca se apagará. Quiseram destruí-la, mas será pintada de novo em todos os<br />

corações <strong>por</strong> pregadores muito melhores do que eu.” — D’Aubigné.<br />

Pela última vez Huss foi levado perante o concílio. Era uma vasta e brilhante assembléia: o<br />

imperador, os príncipes do império, os delegados reais, os cardeais, bispos e padres, e uma vasta<br />

multidão que acorrera para presenciar os acontecimentos do dia. De todas as partes da cristandade se<br />

reuniram testemunhas deste primeiro grande sacrifício na prolongada luta pela qual se deveria<br />

conseguir a liberdade de consciência. Chamado à decisão final, Huss declarou recusar-se a renunciar<br />

e, fixando o olhar penetrante no imperador, cuja palavra empenhada fora tão vergonhosamente violada,<br />

declarou: “Decidi-me, de minha espontânea vontade, a comparecer perante este concílio, sob a pública<br />

proteção e fé do imperador aqui presente.” — Bonnechose. Intenso rubor avermelhou o rosto de<br />

Sigismundo quando o olhar de todos na assembléia para ele convergiu.<br />

Pronunciada a sentença, iniciou-se a cerimônia de degradação. Os bispos vestiram o preso em<br />

hábito sacerdotal, e, enquanto recebia as vestes de padre, disse: “Nosso Senhor Jesus Cristo estava,<br />

<strong>por</strong> escárnio, coberto com um manto branco, quando Herodes o mandou conduzir perante Pilatos.” —<br />

Bonnechose. Sendo de novo exortado a retratar-se, replicou, voltando-se para o povo: “Com que cara,<br />

pois, contemplaria eu os Céus? Como olharia para as multidões de homens a quem preguei o evangelho<br />

puro? Não! aprecio sua salvação mais do que este pobre corpo, ora destinado à morte.” As vestes foram<br />

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