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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Os lolardos, vindos da Inglaterra com a Bíblia e ensinos de Wycliffe, muito fizeram para preservar o<br />

conhecimento do evangelho, e cada século teve suas testemunhas e mártires.<br />

Com a inauguração da grande Reforma, vieram os escritos de Lutero, e então o <strong>Novo</strong> Testamento<br />

inglês de Tyndale. Sem serem notados pela hierarquia, esses mensageiros atravessaram<br />

silenciosamente as montanhas e vales, reacendendo o facho da verdade quase a extinguir-se na Escócia,<br />

e desfazendo a obra que Roma fizera durante quatro séculos de opressão. Deu então o sangue dos<br />

mártires novo ímpeto ao movimento. Os chefes romanistas, apercebendo-se subitamente do perigo que<br />

ameaçava a sua causa, levaram à fogueira alguns dos mais nobres e honrados filhos da Escócia. Não<br />

fizeram senão erigir um púlpito, do qual as palavras daquelas testemunhas moribundas foram ouvidas<br />

<strong>por</strong> todo o país, fazendo a alma do povo vibrar no propósito firme de se libertar das algemas de Roma.<br />

Hamilton e Wishart, príncipes no caráter bem como de nascimento, com grande número de<br />

discípulos mais humildes, renderam a vida na fogueira. Mas de junto da pira ardente de Wishart veio<br />

alguém a quem as chamas não reduziriam ao silêncio, alguém que, abaixo de Deus, vibraria o golpe<br />

de morte ao domínio papal, na Escócia. João Knox desviara-se das tradições e misticismos da igreja,<br />

para alimentar-se das verdades da Palavra de Deus; e os ensinos de Wishart haviam confirmado sua<br />

resolução de abandonar a comunhão de Roma e ligar-se aos reformadores perseguidos.<br />

Havendo seus companheiros insistido com ele para assumir o cargo de pregador, trêmulo, recuou<br />

dessa responsabilidade, e somente depois de dias de reclusão e doloroso conflito consigo mesmo, foi<br />

que consentiu. Mas, uma vez aceito <strong>por</strong> ele o cargo, foi avante com inflexível decisão e denodada<br />

coragem, enquanto lhe durou a vida. Este fiel e verdadeiro reformador não temia a face do homem. Os<br />

fogos do martírio, luzindo em redor dele, apenas serviam para despertar seu zelo a maior intensidade.<br />

Com o machado do carrasco pendendo ameaçadoramente sobre a cabeça, manteve-se em seu terreno,<br />

desfechando vigorosos golpes à direita e à esquerda, para demolir a idolatria.<br />

Quando posto face a face com a rainha da Escócia, em cuja presença o zelo de muitos dirigentes<br />

do protestantismo se havia abatido, João Knox deu testemunho inquebrantável da verdade. Não seria<br />

ganho <strong>por</strong> meio de carinhos; não se subjugaria diante de ameaças. A rainha acusou-o de heresia. Ele<br />

havia ensinado o povo a receber uma religião proibida pelo Estado, declarou ela, e transgredira assim<br />

o mandamento de Deus, que ordena aos súditos obedecer a seus príncipes. Knox respondeu<br />

firmemente: “Como a religião verdadeira não deriva dos príncipes mundanos a força original nem a<br />

autoridade, mas sim do eterno Deus, unicamente, não são assim os súditos obrigados a moldar sua<br />

religião segundo o sabor dos príncipes. Pois muitas vezes acontece que os príncipes são os mais<br />

ignorantes de todos no tocante à verdadeira religião de Deus. ... Se toda a semente de Abraão houvesse<br />

sido da religião de Faraó, de quem foram súditos durante muito tempo, pergunto-vos, senhora, que<br />

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